TCU: base aliada quer concentrar votos para vencer indição

Os líderes dos partidos governistas na Câmara buscam um entendimento para ficar com apenas um candidato para disputar a eleição para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) marcada para esta terça-feira. Com oito candidatos na disputa,

 


 


A base aliada do governo na Câmara fará amanhã uma eleição prévia para tentar encontrar um consenso em torno da indicação do novo ministro do TCU (Tribunal de Contas da União). Os partidos da coalizão que irá sustentar o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançaram cinco candidatos e travam uma guerra nos bastidores pelo cargo que preocupa o Palácio do Planalto. A eleição prévia dos partidos da base será na liderança do PL.


 


No total, oito candidatos, entre governistas, oposicionistas e independentes, disputam a indicação. A base aliada, com cinco nomes, quer ir para a disputa com apenas um candidato.


 


Mas há resistência entre os parlamentares em abrir mão da disputa. Os candidatos governistas são os deputados Osmar Serraglio (PMDB-PR), Luiz Antonio Fleury
Filho (PTB-SP), Paulo Delgado (PT-MG) e o ex-deputado e candidato derrotado na eleição de outubro José Antonio Almeida (PSB-MA). O PDT indicou o deputado Ademir Camilo (MG) e o PSDB, o deputado Gonzaga Mota (CE).


 



O líder do PMDB na Câmara, deputado Wilson Santiago (PB), disse que a legenda aceita negociar com as demais, desde que seja em torno do seu candidato. “Tudo o que for possível unificar em torno do nome do Osmar a gente aceita”, ironizou. O PT também não abre mão da indicação do deputado Paulo Delgado.


 


“Se o PT for flexível até facilita um acordo mais na frente. Mas cada coisa a seu tempo”, disse o líder do PMDB. “Se não houver entendimento será uma sinalização muito ruim”, complementou o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE).


 


Sem mandato e correndo por fora, está o secretário-geral da Mesa da Câmara, Mozart Viana de Paula. Servidor da casa há quase 30 anos, o secretário-geral é um funcionário de prestígio. Na função desde 1991, quando a Câmara era presidida pelo deputado Ibsen Pinheiro, Mozart consegue administrar conflitos entre governo e oposição sobre a interpretação do regimento, mantendo a confiança dos parlamentares de diferentes partidos.


 


O nome de Mozart surgiu durante uma reunião de líderes com o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), como uma forma de homenagear um funcionário de carreira da casa em meio a tantos escândalos registrados nos dois últimos anos. Ele foi indicado pelo PSC com o apoio do PSOL. No entanto, depois das eleições, a vaga para o TCU passou a ser o principal objeto de desejo dos deputados, particularmente dos derrotados.


 


O cargo de ministro do TCU é vitalício com um salário de R$ 23.275,00, maior do que os R$ 12.847 pagos aos parlamentares. Além disso, o salário é atrelado ao do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – 95% do valor -, o que significa garantia de que os vencimentos não ficarão defasados. Dos parlamentares que concorrem ao cargo, apenas Serraglio e Camilo conseguiram se reeleger em outubro passado.


 


Da redação,
com informações das agências