Bolívia converte em lei contratos com empresas de petróleo

O presidente boliviano, Evo Morales, transformou em lei neste domingo (3) 44 contratos entre 12 empresas estrangeiras e a estatal petroleira Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). “É um feito histórico”, disse o presidente, ao rubricar os no

“Agradecemos ao povo boliviano, que lutou para recuperar seus recursos naturais. Agora, concluímos o primeiro passo. Esse processo vai continuar no ano que vem, com a recuperação de outros recursos naturais, para que beneficiem o povo boliviano”, disse Morales.



Compromisso de campanha



O presidente destacou a garantia que represdenta para as empresas a aprovação dos contratos pelo Parlamento. “Neste contrato (as empresas) têm segurança jurídica, neste contrato está depositada a fé do Estado. Nunca antes nenhum contrato foi ratificado no Congresso Nacional, cumprimos a Constituição e agora com maior razão podem investir. A Bolívia precisa de muito investimento”, destacou.



Além da  brasileira Petrobras, os contratos compreendem a francesa Total, a espanhola Repsol, a britânica British Petroleum e a americana Vintage. Para Evo, a medida encerra o ciclo aberto em 1º de maio último, com a nacionalização das reservas de petróleo e gás do país, cumprindo compromisso assumido na campanha que o elegeu presidente, em dezembro do ano passado.



Nacionalização eleva popularidade



“Se o 1º de maio foi o dia da nacionalização, o 28 de outubro foi o da real e verdadeira nacionalização, no qual as empresas aceitaram todas as regras bolivianas”, afirmou o presidente.  E convidou as petroleiras a investir na Bolívia, “agora que as regras são claras”.



O giverno boliviano calcula que o impacto econômico doos contratos firmados vai trazer para o país US$ 1,3 bilhão de dólares em 2007, além de atrair investimentos num total de US$ 3,5 bilhões entre 207 e 2010. No ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) da Bolívia totalizou US$ 9,7 bilhões.



A conclusão da nacionalização do setor de petróleo e gás fez crescer a popularidade de Morales, que enfrenta um difícil braço-de-ferro com a oposição direitista do partido Podemos, em torno da efetivação da reforma agrária.


 


De acordo com pesquisa de opinião divulgada nesta semana pelo jornal La Razón, a taxa de aprovação ao governo Morales saltou 17 pontos porcentuais em novembro, para 67%, de 50% em outubro; a pesquisa, feita entre os dias 13 e 20, ouviu 1.019 moradores das quatro maiores cidades bolivianas; a margem de erro é de 3 pontos porcentuais.



Da redação, com agências