Leilão da ANP: Petrobras arremata quatro de seis blocos

A Petrobras confirmou as informações antecipadas pelo seu presidente, José Sérgio Gabrielli, de participar ativamente da Oitava Rodada de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás, e arrematou, sozinha ou em parceria, quatro das sei

Pelas novas regras da Agência Nacional de Petróleo (ANP), esse primeiro lote teve um limite de três ofertas vencedoras, ou seja, uma mesma empresa só pôde arrematar três áreas, individualmente ou liderando um consórcio. A Petrobras arrematou sozinha nesse primeiro lote o bloco SM-982, com bônus de assinatura de 9,32 milhões de reais e 278 unidades de trabalho, o equivalente a 300 milhões de reais de investimentos. A estatal ofereceu, para este bloco, conteúdo local de 55% para exploração e 65% para o desenvolvimento. A Petrobras também participa com a Repsol e a norueguesa Norsk Hydro de outros três consórcios vencedores neste primeiro lote, mas apenas em um deles como operadora (40%), responsável por arrematar, por um bônus de 4,108 milhões de reais o bloco SM-1109.


 


O consórcio, com a mesma composição, mas liderado pela Norsk Hydro (40%) levou o bloco SM-1233, com bônus de 7 milhões de reais. Tendo a Repsol como operadora, o consórcio levou o SM – 1105, também com bônus de 7 milhões de reais. Nestes três blocos não houve disputa. Ainda no primeiro lote, a indiana ONGC arrematou o bloco SM -1103 sozinha, com bônus de 1,5 milhão de reais. Esse primeiro lote da ANP se refere à área de novas fronteiras localizada em frente ao limite territorial do estado de São Paulo, no centro da Bacia de Santos, poucos quilômetros dos campos de Merluza e Lagosta. A área possui cerca de 4150 quilômetros quadrados em seis blocos.


 


A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou os leilões. “A FUP contestou desde o início a Lei do Petróleo e vem se pautando pela cobrança intransigente junto ao governo e ao Congresso Nacional de um amplo debate sobre a matriz energética”, diz uma nota da entidade. Para a FUP, esta discussão é estratégica, principalmente agora que o Brasil atinge a auto-suficiência na produção de petróleo e intensifica os investimentos em fontes alternativas de energia. “Nossos governantes e parlamentares não podem continuar permitindo que as reservas do país sejam tratadas como fonte de arrecadação”, diz a nota.


 


Com agências