Desemprego em SP tem menor taxa de outubro em 10 anos

O desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu em outubro à menor taxa para o mês desde 1996, mas a renda dos trabalhadores também sofreu redução e rompeu com a trajetória de crescimento iniciada em maio.

De acordo com levantamento feito pela Fundação Seade e pelo Dieese, a taxa de desemprego total diminuiu para 14,6% em outubro, ante 15,3% em setembro. Em termos absolutos, representa um contingente de 1,478 milhão de pessoas sem emprego na região metropolitana da maior cidade do país. Embora ainda elevado, é o menor patamar registrado em outubro desde 1996, informou o relatório Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) das entidades. Na comparação com setembro, o número total de desempregados foi reduzido em 67 mil.


 



Foram abertos no mês passado 94 mil postos de trabalho na região, acima do número de 27 mil pessoas que entraram no mercado de trabalho no período. O setor de serviços criou 68 mil vagas em outubro. Conforme o levantamento, o dado reflete o crescimento “do número de autônomos, de assalariados com carteira assinada do setor privado e de empregados no setor público”. Em contrapartida à queda no número de desempregados, a renda dos que trabalham sofreu redução, a primeira desde maio. O rendimento médio real dos ocupados e assalariados, entre agosto e setembro (pago em outubro), caiu 0,6 e 0,3%, respectivamente, correspondendo a R$ 1.145 e R$ 1.207.


 


Estabilidade


 


A pesquisa foi feita com base numa amostra de aproximadamente 3 mil domicílios na região metropolitana de São Paulo. A taxa do emprego já havia caído de 16,7% para 16%, em agosto, e atingiu o menor índice para o mês de agosto desde 1997, quando a taxa ficou em 15,9%. Em setembro, o índice caiu para 15,3%. Em outubro, 94 mil vagas foram criadas. Nos três primeiros meses deste ano, o mercado seguiu uma curva comum para o período, com alta no desemprego, que passou de 15,7% em janeiro para 16,3% em fevereiro e para 16,9% em março.


 


Em abril, o índice ficou estável em 16,9% porque, de acordo com o Dieese, o número de pessoas que passou a procurar emprego foi bem inferior ao do mesmo mês em anos anteriores. Em maio, a estabilidade em 17% também foi motivada pela queda na procura e, em junho, a taxa caiu para 16,8%, o que não foi comemorado porque o efeito também foi provocado pela queda na procura. Em julho, a taxa ficou estável em 16,7%.


 


Com agências