Conselho Nacional de Juventude abre seu 1º Seminário

Por Renata Mielli
A cidade de Niterói (RJ) está recebendo representantes de entidades juvenis de todo o Brasil e gestores dos poderes municipais, estaduais e federais para o 1º Seminário Nacional do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Em pauta es

A abertura do evento teve a participação do ministro da Secretaria Geral da União, Luiz Dulci; do prefeito de Niterói, Godofredo Pinto; do secretário Nacional de Juventude, Beto Cury; de representantes do Ministério da Educação, do Esporte, do Desenvolvimento, do Trabalho, da Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Igualdade Racial (Seppir); parlamentares; e os conselheiros de juventude.


 


Durante o seminário será lançado o livro Política Nacional de Juventude – Diretrizes e Perspectivas, que faz um balanço dos trabalhos do Conjuve. Segundo a sua presidente, Regina Novaes, é um documento que deve servir “de ponto de reflexão para todos que pensam a juventude brasileira em suas capacidades, um documento que seja útil integralmente ou parcialmente e que em breve seja superado”, demonstrando a sua expectativa de que haja um desenvolvimento acelerado da aplicação e elaboração das políticas públicas de juventude.


 


Esse também foi o sentido da mensagem deixada pelo ministro Luiz Dulci. “Temos muito orgulho do que foi possível fazer em parceria sociedade civil e governo. Criar a Secretaria Nacional de Juventude, uma reivindicação histórica dos movimentos juvenis de ter um órgão capaz de aglutinar as diversas iniciativas para a juventude e, também, a criação do Conjuve, que é um dos conselhos mais representativos do governo, com organizações de larga tradição no movimento juvenil como a União Nacional dos Estudantes e, também, entidades mais novas, representatividade regional, racial e de gênero e no qual o governo tem assento, mas não é majoritário.”


 


“Inquietude e indignação”
Dulci chamou a atenção para uma das principais características do movimento de juventude que “nunca se limitou a reivindicar bandeiras específicas, ao contrário, sempre se mobilizou para lutar pelo Brasil, pela democracia, por avanços sociais, com sua inquietude e indignação, com sua energia transformadora”.


 


O secretário-geral da União reafirma que o seminário deve avaliar o que foi feito até agora com muita liberdade, mas deve principalmente se debruçar sobre aquilo que queremos fazer nos próximos quatro anos de governo Lula. “Assim como queremos um crescimento econômico mais vigoroso e acelerado, queremos mais participação popular, mais distribuição de renda, e também queremos políticas públicas de juventude mais vigorosas e avançadas”.


 


Para o secretário nacional de Juventude, Beto Cury, “estamos transformando em realidade um sonho impossível de alguns anos atrás, estamos transformando em política pública. A juventude deixou de ser olhada como uma fase de transição entre a adolescência e a vida adulta e passou a ser vista como um segmento social que tem direitos. Este seminário deve dar um passo para que a questão juvenil seja uma política de estado em nosso país”.


 


Dando as boas-vindas ao seminário, o prefeito de Niterói afirmou que a cidade possui uma juventude participativa e que está sendo encaminhada à Câmara Municipal uma proposta para a criação do Conselho Municipal de Juventude e já deixou o convite para sediar a realização de uma conferência nacional de juventude.


 


Foto: Reinaldo Santana