Atividades regionais mobilizam trabalhadores para a III Marcha Nacional do Salário Mínimo

Se o salário mínimo for reajustado para R$420,00 permitirá comprar 2,3 cestas básicas, situação que não ocorre desde 1968.

Em Minas, ato público será amanhã, na Praça Sete, em Belo Horizonte


 


Se o salário mínimo for reajustado para R$420,00 permitirá comprar 2,3 cestas básicas, situação que não ocorre desde 1968. O atual valor, de R$ 350,00, é capaz de comprar 1,9 cesta básica. Aumentar o poder de compra da população mais pobre é melhorar a distribuição de renda e incentivar o consumo, contribuindo, consequentemente, para o desenvolvimento econômico, com geração de emprego e renda.


 


De acordo com estudo do Dieese, cada vez que o Salário Mínimo tem aumento real, pelo menos 47 milhões de brasileiros são favorecidos. Destes, 22 milhões estão no mercado formal e informal e ganham até um Salário Mínimo; 11 milhões têm carteira assinada e ganham até dois Mínimos; e 14 milhões são aposentados que ganham até R$ 350,00.


 


Estes são alguns dos argumentos a serem utilizados pelas centrais sindicais, entre as quais a Central Única dos Trabalhadores (CUT), nas negociações com o governo federal e Congresso Nacional, em torno do reajuste do salário mínimo, a vigorar em 2007.


 


Para atingir o patamar reivindicado, as centrais prometem grande mobilização nos próximos dias. O ponto alto será no dia 6 de dezembro, em Brasília, com a realização da III Marcha Nacional do Salário Mínimo, para a qual são esperadas cerca de cinco mil pessoas.  Além de ato público na Esplanada dos Ministérios, os manifestantes irão até o Congresso Nacional, entregar a pauta de reivindicações e debater, com os parlamentares, a necessidade de uma política de valorização do salário mínimo. Os trabalhadores reivindicam, ainda, a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) e a redução da jornada de trabalho, das atuais 44 para 40 horas semanais.


 


Em reunião na sede nacional da CUT, em São Paulo, as centrais sindicais aprovaram que, além do reajuste emergencial de 7,7% na tabela do Imposto de Renda – zerando a defasagem do governo Lula – vão lutar para que seja ampliado de três para cinco o número de alíquotas do Imposto de Renda, desonerando um importante contingente de trabalhadores.


 


Atualmente há uma faixa de isentos – os trabalhadores com renda líquida até R$ 1.257,12 – e outras duas, com alíquotas de 15% (entre R$ 1.257,13 a R$ 2.512,08) e 27,5% (acima de R$ 2.512,08).


 


Com o reajuste de 7,7%, os valores sobre os quais incidiriam as diferentes alíquotas seriam respectivamente de R$ 1.354,80 e R$ 2.707,27. Posteriormente, a proposta propõe a adoção de alíquotas variáveis para os vencimentos acima de R$ 1.354,80: de 10%, até R$ 2.258,00; 20%, até R$ 4.516,00; 25%, até R$ 6.774,00 e de 27,5% acima deste valor.


 


Atividades preparatórias


 


Em vários estados, ao longo desta semana irão ocorrer atividades preparatórias à Marcha Nacional. Hoje, por exemplo, os pernambucanos realizam audiência pública no plenário da Assembléia Legislativa. Em Belo Horizonte, o ato público acontece amanhã, 29/11, às 11 horas, na Praça Sete, com panfletagem explicando à população os motivos da mobilização. Em Minas, o ato é organizado pela CUT, Força Sindical e Central Geral dos Trabalhadores (CGT), com a participação de sindicatos filiados e movimentos populares.


 


28.11.06 – Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG)


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