Após PMDB e PT, Lula acelera conversas pela coalizão

Depois de reunir a coordenação política do governo  nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou positivamente os seus recentes contatos políticos. Na semana passada, Lula reuniu-se com o PMDB e com 16 governadores que o a

De acordo com fontes do Planalto, o presidente pretende encerrar os contatos políticos até o início da próxima semana. Ele deve se reunir com dirigentes do PDT e do PV ainda amanhã, antes de embarcar para a Nigéria, onde participa do primeiro encontro de cúpula África-América do Sul.



PFL e PSDB não serão chamados



Depois será a vez do PL e PP, além do PCdoB e PRB, que desde o primeiro turno se coligaram com o PT para lançar Lula, e o PSB, que formalizou seu apoio no segundo turno.



Ao contrário do que chegou a ser cogitado, Lula não vai conversar, pelo menos por enquanto, com os presidentes do PFL e PSDB. As duas legendas que nucleiam a oposição conservadora reagiram negativamente aos acenos do presidente neste sentido, temendo dar a impressão de que estão se deixando cooptar depois da derrota eleitoral de outubro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a declarar que não tem “nada para conversar” com Lula. O assunto foi tratado na reunião desta segunda-feira.



No entanto, Lula tem agendados encontros com os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e São Paulo, José Serra.  O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) confirmou  a intenção de Lula de conversar com os dois tucanos em postos de maior destaque após as eleições de outubro, com os quais afirma ter uma relação “histórica”. Ambos se dispõem ao entendimento, em nome dos interesses dos governos de seus estados e do país.



Apoio do PMDB virá na quinta



Já as negociações com o PMDB podem se concluir mais rápido do que se imaginava. Ao deixar o Palácio do Planalto após reunir-se com Lula, na quarta-feira passada, o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), falou em duas semanas de prazo. Porém na quinta-feira que vem o Conselho Político peemedebista deve formalizar o apoio da sigla ao governo.



Hoje (27), um “almoço da paz” reúne Temer, que apoiou Geraldo Alckmin na eleição, com os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), expoentes da ala peemedebista pró-Lula. O apoio ao segundo mandato presidencial terminou obtendo a adesão dos sete governadores eleitos pela sigla.



Seis senadores do PMDB manifestaram sua discordância, sem aderir à oposição porém proclamando-se independentes. A contestação foi absorvida como esperada e até mais restrita do que se supunha, em um partido com longo histórico de divisões, havendo quem a considere como superável a médio prazo.



A reunião da coordenação política teve a participação de ministros e auxiliares da área econômica para discutir a adoção de medidas de incentivo ao desenvolvimento da economia. Participaram do encontro o vice-presidente, José Alencar, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, das Relações Institucionais, Tarso Genro, da Secretaria-Geral, Luiz Dulci, da Justiça, Márcio Thomaz Bastos e da Casa Civil, Dilma Rousseff.



Com agências