Explosões em Bagdá mataram mais de 200 pessoas

Subiu para 215 o número de mortos nos ataques que atingiram a cidade de Bagdá na quinta-feira (22/11), quando desconhecidos explodiram cinco carros-bomba e duas salvas de morteiros no bairro de Cidade Sader, cuja maioria da população é xiita.

Na manhã de ontem, um grupo de soldados das forças de ocupação americana abriu fogo contra um ônibus que transportava trabalhadores no mesmo bairro.


 


Segundo militantes do Exército Mehdi, liderado por Moqtada al-Sadr, soldados americanos dispararam contra um ônibus que transportava civis ao trabalho, matando quatro pessoas e ferindo oito, entre elas duas mulheres.


 


Mesquita de al-Sadr dinamitada


 


Um grupo de desconhecidos dinamitou hoje (23/11) uma mesquita que é uma das sedes do Exército Mehdi. Horas antes, soldados americanos prenderam guardas que protegiam o local.


 


Além da mesquita outro grupo destruiu o minarete de uma mesquita xiita na cidade de Baqba, noroeste de Bagdá, informou a polícia.


 


Os desconhecidos incendiaram a sede do Exército Mehdi antes de dinamitá-la e posteriormente jogaram dinamites no minarete de uma mesquita xiita. Nenhum dos ataques causou vítimas.


 


Horas antes do primeiro atentado, soldados iraquianos e americanos prenderam no lugar cinco guardas do edifício.


 


Outros 22 mortos


 


Seis sunitas iraquianos foram queimados vivos em Bagdá, ao mesmo tempo em que quatro mesquitas da comunidade eram incendiadas. A mídia internacional aponta o ato como uma “retaliação pelo sangrento atentado de ontem em Cidade Sader”, como citou a agência Lusa.


 


Segundo a polícia, desconhecidos fardados seqüestraram seis fiéis sunitas que saíam de uma mesquita da capital, após as orações de sexta-feira. Os homens foram regados com querosene e depois queimados vivos.


 


O incidente ocorreu junto a um posto da polícia, mas o comandante local “garantiu” que os agentes não tiveram qualquer participação no crime.


 


A resistência iraquiana tem acusado o governo de incitar os iraquianos à guerra civil, criando e controlando grupos de extermínio que agem de acordo com determinações do comando militar dos ocupantes americanos.