Desemprego cai e renda avança em outubro, diz IBGE

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas do país passou de 10% em setembro para 9,8% em outubro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A renda do trabalhador apresentou alta.

Na comparação com setembro do ano passado, o desemprego registrou uma alta de 0,2 ponto percentual (9,6%). O contingente total de desempregados atingiu 2,2 milhões. O número de trabalhadores empregados, estimado em 20,7 milhões em outubro, não apresentou alteração na comparação com o mês anterior em nenhuma das regiões metropolitanas. Já em relação a outubro de 2005, a ocupação cresceu 2,9%, o que significou o ingresso de 508 mil pessoas no contingente de ocupados. A indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, correspondeu a 17,7% da população ocupada.


 


 


No mês anterior, o coordenador da pesquisa Cimar Azeredo, havia afirmado que o desempenho do mercado de trabalho já sofria influência das encomendas de fim do ano e do processo eleitoral, que aumenta vagas. O comércio e reparação de veículos automotores foi responsável por 19,7% da população de trabalhadores empregados. A pesquisa mostra também que no acumulado de 12 meses, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentou 6,7%. Das seis regiões metropolitanas pesquisadas, a maior taxa de desemprego no mês foi em Salvador (13,7%) e a menor foi registrada no Rio de Janeiro (7,3%). Entre os desempregados, 56% eram mulheres e com relação à faixa etária, o maior volume de desocupados tem entre 25 e 49 anos (46,3%).


 



O rendimento médio real do trabalhador em outubro foi de R$ 1.046,50, um avanço de 1,2% na comparação com o mês anterior. Já em relação a setembro de 2005, o aumento foi de 5,4%. Na comparação com setembro houve recuperação do rendimento nas atividades de serviços prestados a empresas, atividades imobiliárias e intermediação financeira; educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social; e outros serviços. Comparado a outubro do ano anterior, o ganho médio dos trabalhadores foi de 55 reais.


 


Caged


 


Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho registrou que o mercado de trabalho formal, com carteira assinada, teve em outubro a abertura de 129.795 novas vagas. O número é menor que o de setembro, quando foram criadas 176.735, entretanto, representa o segundo melhor resultado da história para o mês, ficando próximo do recorde alcançado em 2004, quando foram criados 130.159 postos de trabalho formais.


 


Em outubro do ano passado (2005), o total de vagas abertas com carteira assinada foi de 118.175. O resultado do mês contribuiu para uma alta de 0,47% no número de trabalhadores com carteira assinada no país. Com isso, o estoque de empregos celetistas cresceu 5,81% nos dez primeiros meses do ano, com um total de 1,513 milhão de novos empregos formais criados. De acordo com o Caged, o mercado de trabalho encerrou o mês de outubro com um total de 27,57 milhões de trabalhadores com carteira assinada, contra 27,44 milhões em setembro, e 26,329 milhões em outubro de 2005. O Ministério do Trabalho avaliou o resultado de outubro como um desempenho positivo, motivado pelo “dinamismo do mercado interno”.


 


Serviços


 


O setor de serviços se destacou com um crescimento de 5,12% de janeiro a outubro no estoque de empregados com carteira assinada, com a criação de 551.943 novos postos de trabalho.  O mercado de trabalho formal na indústria de transformação cresceu 6,37%, com 392.446 vagas criadas, no comércio o emprego cresceu 4,03% (231.998 postos), na agricultura 13,39% (155.154 vagas), a construção civil 11,30% (132.132 postos) e a indústria extrativa mineral 8,61% (12.224 vagas).


 


Considerando somente o mês de outubro, o destaque ficou por conta do crescimento nos setores de serviços (0,49%), o comércio (0,94%) e a indústria de transformação (0,70%). A agricultura foi o único setor que registrou redução no nível de emprego, com a eliminação de 29.219 postos de trabalho, devido principalmente à entressafra do centro-sul do país, especialmente no cultivo de café em Minas Gerais.


 


Com agências