Aldo Rebelo não descarta candidatura à reeleição

O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não descartou a sua candidatura à reeleição no cargo. O assunto foi o principal tema do bate-papo de Aldo com os internautas no site da Câmara, na manhã desta terça-feira 921). Ele disse que

''Nem eu nem meu partido apresentamos a minha candidatura à reeleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Examinaremos a situação em função da manifestação, se vier a ocorrer de partidos amigos ou aliados'', respondeu o presidente a Tita, uma internauta que participou do evento, como parte das comemorações pela divulgação de 100 mil notícias desde que o site da Agência Câmara entrou no ar, em junho de 2000.



 
Aldo Rebelo afirmou que não há impedimento para que eventualmente ele concorra ao cargo pelo fato de seu partido, o PCdoB, não ter superado a chamada cláusula de barreira (a regra exige que, para funcionar plenamente, o partido precisa ter obtido 5% dos votos válidos do País na eleição passada para deputado federal). O PCdoB conseguiu 2,12%.


 


Três condições



 
''Há três condições para ocupar a Presidência da Câmara dos Deputados. Primeira, ter sido eleito pelo povo. Segunda, ser candidato. Terceira, reunir os votos suficientes para ser eleito. Qualquer deputado, mesmo como candidato avulso, pode pleitear a Presidência da Câmara dos Deputados'', explicou Aldo.


 


Ele reafirmou estudo preliminar da assessoria jurídica da Casa e da Secretaria Geral da Mesa, segundo o qual basta ter mandato para disputar a presidência da Casa. ''Em relação à candidatura de parlamentares cujos partidos não alcançaram a cláusula de barreira a membros da Mesa, não existe nenhuma regulamentação expressa'', respondeu Rebelo, ao ser questionado por outro internauta.



 
Aldo negou que haja negociação para a indicação de seu nome. ''Eu só seria candidato se houvesse apoio de outros partidos, o que, pelo menos até agora, não aconteceu'', afirmou, em resposta a outra internauta que falou sobre o desejo do presidente Lula de mantê-lo no cargo, mas que a tradição da Casa dá ao partido com maior número de deputados a preferência para ocupar a função, neste mandato, o PMDB.



 
''A indicação do nome para eleição à Presidência da Câmara cabe, historicamente, ao maior partido, mas os últimos acontecimentos mostraram que o nome indicado tem que ter aceitação entre os deputados. Eu não pleiteio a reeleição, até porque esse é um processo que tem de ser construído e decidido em comum acordo com a maioria da Câmara – não pelo desejo pessoal de um ou outro parlamentar'', comentou.



 
Com agências