Semana política em Brasília – de acordos e discussões

Esta semana, o presidente Lula mantém a linha de reunião com os partidos e discussões técnicas com a equipe econômica. Ainda na fase do diagnóstico, Lula dá os primeiros passos para eliminar os gargalos que impedem um crescimento de 5%. A reunião com o

A agenda política desta semana está focada na formação do governo de coalizão e também na construção das condições políticas para a reeleição do presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), em 1º de fevereiro. Lula apóia a continuidade de Aldo Rebelo.


 


Para os analistas políticos,  a continuidade de Aldo é importante no cenário político sob a ótica do Planalto porque – sendo o terceiro posto na sucessão – substitui o presidente nos casos de viagens internacionais, em um eventual impedimento do vice José Alencar, devido aos seus problemas de saúde.
 
Lula tem encontro marcado na quarta-feira (22) com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), que lidera a ala do partido que não se sente representada pelos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL), o presidente do Senado. É uma tentativa de unificar as demandas dos peemedebistas, o que não deu certo no primeiro mandato.


 


Temer, que nas eleições apoiou a candidatura Geraldo Alckmin (PSDB), deve ir acompanhado de Renan e de outros integrantes da executiva do partido para uma segunda etapa de conversas sobre a participação do partido no segundo mandato. O que está em jogo são cargos no governo e a articulação política no Congresso.



 
O partido lançou dois pretendentes à Presidência da Câmara – Eunício Oliveira (CE) e Geddel Vieira Lima (BA). Respeitada a tradição, a Presidência caberia ao PMDB, dono da maior bancada – 89 deputados. Mas o Planalto aposta que, nos dois casos, será possível negociar com o partido. Eunício já foi ministro de Lula e Geddel ganhou a simpatia do Planalto por ter apoiado a candidatura vitoriosa do ex-ministro Jaques Wagner ao governo baiano.



 
As discussões sobre os ministros que irão integrar o Ministério de Lula no segundo mandato estão mantidas em banho-maria. As pressões se intensificam – inclusive por parte dos movimentos sociais. Mas a tendência é de um desfecho somente após as eleições para as presidências de Câmara e Senado. Até lá, Lula vai testando sua base e costurando as negociações para distribuições de cargo.



 
Retomando os trabalhos



 
Esta semana, a Câmara tenta, outra vez, votar as medidas provisórias que estão trancando a pauta. O governo enfrentará a votação da MP que trata do reajuste de 5,01% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. O PFL apresentou uma emenda para que o reajuste seja de 16,67%, o mesmo praticado para corrigir o valor do salário mínimo. A controvérsia tem adiado a votação.


 


Superado esse impasse, abre-se a possibilidade de limpar a pauta com a votação das outras oito medidas provisórias. Somente com a desobstrução da pauta será possível a votação da Emenda Constitucional que cria o Fundo da Educação Básica (Fundeb), matéria de interesse do governo, que amplia a fatia de recursos para investir no setor de educação.



 
Com agências