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Comissão Política do PCdoB/BA  define participação no governo Wagner

Reunida nesta quarta-feira (15/11), a Comissão Política Estadual do PCdoB/BA fez uma análise dos resultados eleitorais do pleito de 2006, discutiu a política estadual após a eleição de Jacques Wagner   para governador  e a p

O presidente estadual do PCdoB, Péricles de Souza, apresentou, na  abertura da reunião, elementos da análise realizada na última reunião da Comissão Política Nacional. Péricles destacou que a vitória de Lula no segundo turno é um resultado favorável à esquerda na polarização que ocorreu e uma derrota eleitoral, política e ideológica dos tucanos. E vai além. Analisa que o novo governo Lula tem perspectiva de ser um governo de coalizão de centro-esquerda, sem hegemonismo e com condições de se assentar em convicções mudancistas mais fortes, citando como exemplo que a idéia do Estado como indutor do desenvolvimento foi consolidada nos debates da campanha eleitoral e na proposta de programa de governo do candidato Lula. Presente à reunião, Haroldo Lima, diretor geral da ANP reforçou a idéia de que a necessidade da retomada do desenvolvimento do Brasil ganhou força na campanha eleitoral, mas que o caminho dessa retomada está ainda por ser demarcado. Haroldo abordou ainda o poder da mídia na batalha político-eleitoral recente.



As ações definidas pela Comissão Política para o enfrentamento da questão da cláusula de barreira também foram informadas por Péricles na reunião. O debate sobre os resultados eleitorais na Bahia foi retomado pelo secretário estadual de Organização, Davidson Magalhães, que relacionou os resultados com os projetos do partido no estado. A discussão sobre esse tema é uma continuidade do debate ocorrido em reunião realizada logo após o primeiro turno das eleições e com o impacto da vitória recente de Wagner.



Derrota do Carlismo



Fruto dos debates em âmbito estadual, a Comissão Política considerou que a vitória de Wagner tem grande significado no rumo da derrota estratégica do grupo carlista (do senador Antonio Carlos Magalhães), que não só teve derrotados os seus candidatos para  governador e senador como reduziu a sua bancada de deputados estaduais e federais.  A perda da prefeitura de Salvador, do governo do estado e possivelmente da maioria na Assembléia Legislativa, além do movimento de adesão de antigas bases ao governador eleito, o grupo carlista caminha para o isolamento político.   Esse caminho foi consolidado com a vitória estrondosa de Lula no segundo turno na Bahia, que ganhou a eleição em 415 dos 417 municípios baianos, alcançando quase 80% dos votos no estado.   



A direção considerou que o PCdoB alcançou as metas eleitorais com a recondução de Alice Portugal e Daniel Almeida à Câmara Federal e de Álvaro Gomes, Edson Pimenta e Javier Alfaya para a Assembléia Legislativa. Além disso, Edson Pimenta é o candidato a deputado estadual do PCdoB mais votado em todo o Brasil (mais de 85 mil votos). Mesmo os candidatos não eleitos do PCdoB obtiveram expressiva votação reforçando, líderes e projetos regionais. Dessa forma, a meta foi alcançada ainda que a tentativa de ampliar para quatro a presença do PCdoB na Assembléia não tenha acontecido.



 A análise da votação obtida pelo partido revelou, de acordo o secretário estadual de Organização, que os votos dados aos candidatos estão principalmente vinculados aos municípios onde existem comitês estruturados do partido .



Participação no novo governo

 


A reunião no turno da tarde analisou, a partir de informação do presidente estadual, Péricles de Souza, a participação do partido no governo Wagner´, reforçando a integração na equipe de transição. O dirigente Nilton Vasconcelos informou sobre o desenvolvimento dos trabalhos da equipe de transição. Ele é o coordenador da comissão do PCdoB que integra a equipe de transição do governo Wagner. Além do nome de Nilton, o partido indicou os nomes de Davidson Magalhães, Jorge Wilton, Everaldo Augusto, Olívia Santana e Renildo Souza, todos dirigentes estaduais do PCdoB.



Quanto à formação do governo estadual, o  PCdoB  pretende ter presença destacada na direção do projeto de mudanças na Bahia, que tem à frente o governador eleito, além de defender a presença transversal em várias áreas do governo. O PCdoB deverá, em breve, ter novo encontro com o governador eleito para discutir a formação do governo.



As resoluções serão encaminhadas pelo Secretariado Estadual até a próxima reunião do Comitê Estadual a se realizar nos dias 2 e 3 de dezembro.


 


Da redação local