PF desarticula quadrilha de fraudadores em Pernambuco

A Operação Alcaides, da Polícia Federal (PF), desarticulou nesta terça-feira (14) uma organização criminosa que atuava em Pernambuco. A quadrilha atuava em municípios do Agreste, com prefeitos ligados ao PMDB do governador em fim de mandato, Jarbas Vascon

De acordo com a divisão de Comunicação Social da PF, a quadrilha era especializada em crimes de fraudes a licitações, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção e tráfico de influência. Relatórios de auditores da Controladoria-Geral da União apontam que a quadrilha causou um prejuízo potencial à União de cerca de R$ 10 milhões.
Empresas de fachada
Na maioria das ocorrências, os criminosos agiam por meio de convênios ou contratos de repasse municipais firmados com a União. A quadrilha criava empresas de fachada para participar de licitações nos municípios. A empresa não prestava o serviço para qual fora contratada e apresentava notas frias às prefeituras.
Os criminosos atuavam principalmente em Itaíba, Águas Belas, Manari, Tupanatinga, Lagoa dos Gatos, Agrestina, Cupira e Panelas, todos com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Cinco destes nove municípios têm prefeitos do PMDB, que em Pernambuco compõe com o bloco do PSDB-PFL; nos outros, as prefeituras estão com o PSDB, PFL, PDT e PHS.
As investigações sobre a quadrilha tiveram início em 2005. Cerca de 200 policiais federais cumprem 21 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão.



Preso filho de ex-governador



Em outra ação da PF, foi preso nesta terça-feira o filho do ex-governador do Pará Almir Gabriel (PSDB), Marcelo Gabriel, além de outra pessoa. A 3ª Vara Federal de Belém expediu um total de dez mandatos de prisão e 26 de busca e apreensão para esta operação da PF. Almir Gabriel, governador em 1995-2002, tentou voltar ao Executivo paraense nas eleições do mês passado, mas foi derrotado no segundo turno por Ana Júlia (PT).



A Operação Rêmora (nome de um peixe que se alimenta das sobras das vítimas dos tubarões) mobiliza 130 policiais no Pará, Amapá e Maranhão. A quadrilha alvejada atuava nas áreas de fraudes em licitações e Receita Previdenciária.



Com agências