Comunistas de todo o mundo apóiam avanços na América Latina

Mais de 60 partidos comunistas de todo o mundo celebraram no último fim de semana, em Lisboa, os avanços das lutas populares e anti-imperialistas na América Latina. As lideranças expressaram em especial sua solidariedade com Cuba e com os povos da Bolívia

Reunidos ao longo de três dias para o Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, os representantes de 63 organizações sublinharam em seu comunicado final “a necessidade de intensificar o combate contra o neoliberalismo e o neocolonialismo”.



Os partidos estimaram que, apesar da ofensiva do grande capital e do imperialismo, são “possíveis os avanços libertadores de soberania e progresso social”. Como prova disso, saudaram “os avanços das lutas populares e anti-imperialistas que perpassam a América Latina”.



“Todo o continente latino-americano está experimentando uma virada para a esquerda com vitórias das forças esquerdistas num país após outro”, sublinhou o membro do comitê central do Partido Comunista da Índia, Varadajaran Ramappa.



“O imperialismo está sofrendo um ciclo de derrotas com a virada histórica para a esquerda da América Latina”, afirmou o delegado do Partido Comunista da Austrália.



Riscos
O secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerônimo de Sousa, insistiu nos processos da América Latina e sublinhou que, devido às “conseqüências sociais e ambientais da corrida para o progresso” do capitalismo, “está em risco a sobrevivência da humanidade, o que torna ainda mais urgente e necessária a alternativa socialista”.



Entre os líderes comunistas presentes no encontro figuraram, além de Fernando Estenoz, os secretários-gerais dos partidos comunistas da África do Sul, Blade Nzimande, da Grécia, Aleka Papariga, e da Federação Russa, Guenadi Ziugannov.



Por parte da América Latina assistiram os secretários-gerais e outros dirigentes de partidos comunistas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Cuba.