Uruguai vai ao Banco Mundial por fábrica de celulose

O ministro da Economia e o secretário da Presidência do Uruguai, Danilo Astori e Gonzalo Fernández, respectivamente, viajam nesta segunda-feira (13/11) para os Estados Unidos para reuniões com o Banco Mundial pelo financiamento das fábricas de celulose no

Na próxima quinta-feira, o Banco Mundial decidirá se aprova um empréstimo de US$ 170 milhões à empresa finlandesa Botnia, que constrói uma fábrica de celulose em Fray Bentos, a 309 quilômetros da capital Montevidéu, na margem leste do rio Uruguai (fronteira com a Argentina).



Também viajam a Washington os representantes da Assembléia Ambiental de Gualeguaychú (Argentina), para explicar ao organismo financeiro internacional sua posição contrária ao empreendimento da Botnia e travar o crédito.



Com a mesma finalidade, a secretária do Meio Ambiente da Argentina, Romina Picolotti, também esteve na capital norte-americana na semana passada. O Banco Mundial realizou, a pedido da Argentina, três estudos sobre o impacto ambiental da construção das fábricas de celulose, que determinaram que as fábricas não contaminarão o meio ambiente.



O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, assegurou dia 5 de novembro, ao encerrar a 16ª Cúpula Ibero-americana, que cientificamente “não há nenhuma demonstração válida” de que os elementos finais da produção em massa de celulose, com a tecnologia que o Uruguai pretende usar, “ocasione alguma doença em pessoas ou animais”.



Conflito
Uruguai e Argentina mantêm, há um ano, um dos maiores conflitos diplomáticos de sua história, devido à construção da fábrica de celulose da Botnia em Fray Bentos e de outra da empresa espanhola Ence, prevista originalmente para essa cidade, mas que há um mês decidiu mudar sua construção para uma outra região do país.



Astori e Fernández também se encontrarão com representantes dos Estados Unidos, para avançar rumo à assinatura de Acordo Marco de Comércio e Investimentos (Tifa).