Lula e Chávez inauguram obra de infra-estrutura mais importante da AL

A obra de infra-estrutura mais importante que se constrói atualmente na América Latina e que atravessa o rio Orinoco, terceiro mais caudaloso do mundo, será inaugurada nesta segunda-feira, 13 de novembro, pelo presidente da Republica Bolivariana da Ven

A agenda de Lula na Venezuela começara às 08h30 com um “café da manhã de trabalho” com Chávez e ministros de ambos os governos.


 


Os presidentes encabeçarão em seguida os atos de inauguração da Ponte sobre o rio Orinoco, a “Orinóquia”, uma obra de 1,28 bilhão de dólares erigida pela construtora transnacional brasileira Odebrecht.


 


A ponte foi financiada em parte pelo banco estatal brasileiro BNDES segundo um mecanismo de apoio às exportações brasileiras de bens e serviços.


 


Esta nova via conectará os estados brasileiros do Amazonas e Roraima, que têm uma população similar a da Venezuela (26 milhões de habitantes), com os portos de exportação do país vizinho no mar do Caribe.


 


Lula participará também com Chávez de um “ato de certificação de reservas da Faixa Petrolífera do Orinoco”.


 


A estatal brasileira desenvolve projetos de inversão em um dos blocos da Faixa, onde se dispõe a extrair junto com a estatal venezuelana PDVSA óleo extrapesado que será transformado em petróleo sintético médio.


 


Lula oferecerá uma coletiva de imprensa às 15h30 e regressará a Brasília duas horas e meia depois.



Na comitiva de Lula viajam Silas Rondeau, ministro de Minas e Energia, José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, Blairo Maggi, governador de Mato Grosso e Eduardo Campos, governador eleito de Pernambuco, onde Petrobrás e PDVSA em parceria irão construir uma refinaria com uma inversão de 2,8 bilhões de dólares. A empresa brasileira terá maioria acionária nesta unidade que processará 200 mil barris de cru/dia e começará a operar no segundo semestre de 2011.


 


A obra


 


Depois de 5 anos de trabalho constante, finalmente os venezuelanos e os brasileiros começarão a beneficiar-se dessa importante estrutura, que permitirá consolidar as empresas industriais florestais e petrolíferas que se localizam ao sul dos Estados de Anzoátegui e Monagas.


 


A “Orinóquia” beneficiará de maneira direta as populações de Anzoátegui, Bolívar, Monagas, Delta Amacuro e várias localidades brasileiras.


 


Igualmente favorecerá a indústria petroleira porque toda a faixa petrolífera do Orinoco, que se localiza ao sul dos Estados Anzoátegui, Monagas e Guárico, poderá transportar suas matérias primas através da via férrea.


 


Com a edificação dessa ponte espera-se que aumentem substancialmente as relações comerciais entre o Brasil e a Venezuela, assim como o intercâmbio de turismo de praia entre as duas nações, tendo em conta que a conexão mais próxima do Nordeste do Brasil com o mar do Caribe – via terrestre – e constituída pela zona costeira venezuelana.



Na edificação dessa estrutura investiu-se um total de 1,32 bilhão de dólares o que representa uma dos investimentos mais pesados do governo bolivariano em matéria de infra-estrutura.


 


Esta ponte mista rodo-ferroviária se estende por cerca de 4 quilômetros, 3.156 metros de longitude e um viaduto que mede 758 metros.


 


A infra-estrutura conta com 39 pilares, 4 torres, dois estribos, 388 pilotis, 4 canais de circulação, dois em cada sentido e no meio se observa um canal ferroviário por onde passarão as linhas férreas.



Em relação aos materiais utilizados, tudo o que se referiu às obras civis, como o concreto, foram produzidos na região de Guayana.


 


Entretanto, o aço de reforço em boa parte foi trazido do Brasil e outra parte produzida na Siderúrgica do Orinoco. Por sua vez, o aço de resistência do tabuleiro, como não é produzido na Venezuela, foi importado do Brasil, em quantidade em torno de 28 mil toneladas.


 


Essa obra será um elemento de fundamental importância na consolidação do desenvolvimento endógeno da Venezuela e de integração com a região norte do Brasil.


 


Assim avança concretamente, por meio de obras fundamentais de infra-estrutura, a integração da América Latina.


 


Fonte: Agência Bolivariana de Notícias
Tradução: Max Altmann