Ziuganov condena ''renascimento fascista'' das grandes potências

''Pesa sobre o mundo contemporâneo a ameaça de instauraÇão de uma ditadura global de umas poucas potências imperialistas encabeçadas pelos EUA''. É com essa gravidade que o presidente do Partido Comunista da Federação Russa, Guennadin Ziuganov, considera

Ziuganov encontra-se em Lisboa participando do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários. O dirigente comunista russo opina que a política atual das grandes potências está orientada a assegurar a revanche e o renascimento fascista, o que dá ao momento atual um cafráter dramático e decisivo: ''ou a humanidade dirá um resoluto Não à restauração fascista ou estará condenada a novos sofrimentos durante muitos anos''. Guennadin Ziuganov é enfático ao catalogar o que considera os crimes do imperialismo na atualidade: '' crimes contra  contra os trabalhadores, contra a classe operária, o campesinato e os intelectuais democráticos, crimes contra a liberdade e a independência dos povos,crimes contra a paz e a vida na Terra, crimes contra a cultura.


O pesidente do maior partido comunista da Rússia, que tem destacada presença no parlamento e nas lutas sociais ressaltou a importância do Encontro que os partidos comunistas realizam anualmente, ''porque se trata de um esforço para o fortalecimento dos partidos comunistas, para forjar sua unidade e promover seu relançamento na luta política e social em todos os países''.


 


Ao mesmo tempo, Ziuganov considera importante discutir amplamente sobre a ''agresividade do imperialismo norte-americano, as ameaças que isto representa para a paz e a própria sobrevivência da humanidade''. Atento ao cenário político internacional em seu conjunto, ressaltou como dado positivo a ''resistência dos povos da América Latina'', demonstrou grande interesse com o desenvolvimento da realidade brasileira, saudou a reeleição de Lula como algo importante para a luta social e a defesa da soberania nacional no Brasil. Com visão estratégica, enxerga como uma tendência progressiva que países como Brasil, Rússia, India, China e África do Sul desempenhem maior papel no mundo e atuem conjuntamente.


 


O presidente do PCFR defende o passado soviético e expressa a convicção de que '' a situação internacional se deteriorou depois da destruição da URSS''. 


 


Já sobre a situação atual da Rússia, Ziuganov é rigoroso:''Nunca como agora a autoridade da Rússia foi tão baixa. A atual linha do Kremlin é o caminho de maiores humilhações. É tempo de deter esse caminho, senão a Rússia se tornará uma serviçal do imperialismo. A Rússia não tem futuro num mundo organizado segundo os critérios da Pax Americana. Somente numa outra ordem, a Rússia poderá recuperar a posição de grande potência, a confiança e o respeito da comunidade internacional''.


 


De Lisboa,
José Reinaldo de Carvalho