Secretário de Segurança de SP pode ficar 6 meses atrás das grades

Se for condenado, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro, pode pegar até seis meses de prisão por desacatar deputados estaduais na Assembléia Legislativa de São Paulo.


 

O líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, Enio Tatto, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira, dia 10, que já esperava que o Ministério Público apresentasse a denúncia contra o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro. “Uma das dádivas do Saulo é atender mal as pessoas. Eu já esperava essa decisão do Ministério Público”, disse Tatto.


 


A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral de Justiça do Estado, Rodrigo Pinho, que é quem coordena o Ministério Público Estadual de São Paulo. E Saulo, que é promotor público, deve voltar ao Ministério Público quando deixar de ser secretário. Ou seja, Saulo de Castro deve voltar a trabalhar com o procurador que apresentou denúncia contra ele.


 


Saulo é acusado por fazer gestos ofensivos contra os deputados estaduais durante uma sessão da Assembléia Legislativa. Em junho deste ano, Saulo de Castro foi prestar esclarecimentos à Assembléia sobre a série de ataques que São Paulo sofreu.


 


Veja os principais pontos da entrevista de Enio Tatto:


 


Saulo é militante do PSDB. Tatto disse que isso o atrapalha em sua função de secretário de segurança. Segundo o deputado, Saulo manda em outras secretarias além da sua.


 


Segundo Tatto, Saulo de Castro ofendeu a 24 deputados. Ele disse que deputados do PT, PCdoB, PSB e até do PFL, que faz parte da base aliada do governo, reclamam das ofensas do secretário. O despacho do Ministério Público fala em desacato a cinco deputados.


 


Os deputados do PSDB, que têm maioria na Assembléia, fizeram um ato de apoio a Saulo de Castro. Segundo Enio, por ser secretário do PSDB, Saulo tem influência entre os deputados do partido na Assembléia.


 


Tatto lembrou que Saulo não falava com o secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa. O deputado disse que esse é um dos motivos “para a desorganização da segurança pública de São Paulo”.


 


Enio Tatto disse que Lembo não demitiu Saulo de Castro, porque o governador assumiu o cargo com o acordo de não modificar secretarias.