Petista defende partidos diferentes no comando da Câmara e do Senado

O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), afirmou que acompanha com tranquilidade as negociações para a escolha das novas presidências da Câmara e do Senado. “O que orienta a nossa ação é a enorme responsabilidade de constituir uma

“Acho que é mais razoável pensarmos numa divisão de tarefas. Ou seja, que não seja um só partido para presidir a Câmara e o Senado. Mas vamos dialogar, isso não é uma imposição, porque ninguém impõe nada numa circunstância como essa”, considerou Fontana.


 


O líder petista destacou que “no caso de haver uma maioria que apoia esta idéia de que é melhor ter presidentes de partidos diferentes nas duas Casas, temos condições de apresentar candidaturas e participar desta construção”.


 


Para Fontana, o cenário neste momento é de negociação política. “Podem haver especulações de que há o apoio definido para A ou B, mas o cenário não é este. Estamos no momento de diálogo e no papel de quem tem a responsabilidade e sabe ser a bancada do presidente Lula e, ao mesmo tempo, uma grande bancada desta base de sustentação”, disse.


 


“Não queremos colocar a carreta na frente dos bois”, acrescentou Fontana. “Temos que andar com calma, ouvir as pessoas e sem clima de imposição, até porque também temos candidatos em outros partidos, que estão na base de sustentação do nosso governo e que têm todas as condições de presidir a Casa”, frisou o líder do PT.


 


Reforma ministerial


 


Sobre as negociações em torno da reforma ministerial, o líder petista afirmou que “tem a mais absoluta confiança” na condução do presidente Lula nesse processo.


 


“Queremos que o presidente Lula fique muito a vontade para ouvir todos os partidos e setores que não estão dentro de partidos. O que queremos é o melhor ministério possível, que componha uma base sólida de sustentação e nos dê governabilidade para permitir fazer um segundo governo ainda melhor do que o primeiro”, disse.


 


Fontana ressaltou ainda que “o PT tem quadros de enorme qualidade” para participar do próximo governo, como está participando deste primeiro, e que a preocupação não é aritmética. “Estamos mais preocupados com as diretrizes do governo, com a qualidade do ministério do que propriamente com uma conta matemática. Temos a convicção de que o presidente Lula, na escolha final que deverá fazer, saberá fazer uma escolha equilibrada, levando em conta as variáveis programáticas e reconhecendo a importância do PT”, finalizou.


 


Fonte: Informes PT