Derrotado nas urnas, PFL quer lançar mais candidatos nas disputas locais
Depois de amargar o pior resultado na disputa pelo governo nos Estados, o PFL pretende lançar mais candidatos nas próximas eleições. A estratégia deve ser colocada em prática já nas eleições para prefeito em 2008, segundo o líder do PFL no Senado e vic
Publicado 09/11/2006 21:46
Para o cacique pefelista, o partido precisa apostar mais na disputa para cargos majoritários para conseguir melhores resultados. Essa foi a “lição das urnas” para a legenda nestas eleições, de acordo com Agripino.
“Derrota não se explica. De derrota, tira-se uma lição. Tiramos essa lição das urnas”, afirmou. “Devemos ter candidatos na maioria (dos Estados e municípios). É preciso ter candidato onde se pode ter candidato para aumentar as chances”, completou.
Apesar de o PFL ter sofrido derrotas nos quatro Estados conquistados nas eleições de 2002, Agripino tenta afastar o rótulo de “derrotado”. A avaliação de que o PFL saiu destas eleições como o grande perdedor foi unânime ente analistas.
“Não se pode tachar um partido de vencedor ou perdedor (avaliando somente o resultado nos Estados). O PFL foi o campeão no Senado e ficou com a maior bancada”, defendeu. “Não se pode deixar de registrar a vitória no Distrito Federal também”, concluiu o senador.
O resultado das urnas apontou que o PFL e o PMDB –ambos com 18 senadores– terão as maiores bancadas. Mas o número final pode ainda sofrer alterações. Pela lei, os eleitos podem mudar de partido antes de assumirem os mandatos. Uma perda do partido confirmada é a da senadora Roseana Sarney, derrotada na disputa pelo governo do Maranhão. Ela deixa a sigla e deve ir para o PMDB.
Desempenho
O desempenho do partido só caiu desde as eleições de 2002. Naquele ano, o partido havia feito sete governadores – melhor resultado do pleito, empatado com o PSDB. Na disputa de 2002, o PFL sofreu perdas e ficou com quatro Estados – Tocantins e Sergipe, além dos tradicionais rincões Bahia e Maranhão.
“O PFL foi, sem dúvida, o maior derrotado destas eleições. O partido foi praticamente varrido do mapa político nas disputas estaduais”, sentenciou o cientista político Leonardo Barreto, professor da UnB (Universidade de Brasília).
Dos quatro Estados perdidos pelo PFL, dois chamam atenção: Bahia e Maranhão. Mesmo com o apoio do senador Antônio Carlos Magalhães, o governador Paulo Souto foi derrotado por Jaques Wagner (PT) já no primeiro turno. No Maranhão, a vitória de Roseana Sarney chegou a ser apontada no primeiro turno. Mas o pedetista Jackson Lago levou a disputa ao segundo turno e desbancou a oligarquia.
“O PFL perdeu rincões na região Nordeste, na qual esteve consolidado. Esse enfraquecimento deverá resultar em fragmentação do partido”, avaliou Barreto.
Fonte: Folha Online