PCdoB atribui derrota de Bush e queda de Rumsfeld ao fator Iraque

A derrota republicana nas eleições de terça-feira (7) e a queda do secretário da Defesa Donald Rumsfeld ligam-se ao “retumbante fracasso dos EUA na guerra do Iraque”. A relação é feita pelo secretario de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Car

Em Lisboa, onde participa de um encontro de partidos comunista e operários, José Reinaldo comnentou em declaração os resultados das eleições norte-americanas e da queda de Rumsfeld.



“Fato de grande dimensão”



“A derrota da administração Bush, nas eleições intermediarias do último dia 7, é fato político de grande dimensão internacional. Está ligada, entre outros fatores, ao retumbante fracasso dos EUA na guerra do Iraque, como demonstra a demissão do secretario da Defesa, Donald Rumsfeld logo depois de conhecidos os resultados eleitorais. Esta é uma dentre muitas derrotas políticas da administração Bush. A população dos EUA tem realizado muitas manifestações contra a guerra de ocupação, revelando que a estratégia de guerras preventivas do imperialismo não é aceita pela população estadunidense”, comentou José Reinaldo Carvalho.



Rumsfeld, um ponto vulnerável da equipe de governo de Bush, devido à sua defesa intransigente da Guerra do Iraque, pediu demissão antes mesmo de terminar a contagem dos votos que acabaram com a maioria do presidente George W. Bush no Congresso. O Partido Republicano, de Bush, caiu de 229 para 203 representantes na Câmara. E pode perder também a maioria no Senado, caso se confirme a dianteira dos democratas nas apurações em Montana e Virginia.



Substituto já dirigiu a CIA



Bush anunciou em pronunciamento público transmitido pelas TVs americanas que o substituto do homem da Guerra do Iraque será Robert (Bob) Gates. Hoje atuando num instituto de pesquisas que trabalha para o Pentágono, Gates já foi agente da CIA e chegou a dirigir a Agência de espionagem estadunidense, de novembro de 1991 a janeiro de 1993.



No pronunciamento, Bush procurou desvincular a queda de seu auxiliar da derrota eleitoral. “Não fiquem alegres”, advertiu, dirigindo-se aos “inimigos dos Estados Unidos”.



As guerras de ocupação no Iraque e no Afeganistão, que Rumsfeld simboliza, são cada vez mais impopulares nos EUA. No início deste ano, as estimativas na imprensa americana era de que elas custavam cerca de US$ 18 mil por minuto, no caso do  Afeganistão, e US$ 100 mil por minuto no que diz respeito ao Iraque.