Atraso em apuração deixa Senado americano indefinido

Os Estados de Virgínia e Montana, onde o resultado da eleição para senador ainda é desconhecido, mantêm a incógnita sobre quem terá a liderança no Senado dos Estados Unidos na próxima legislatura. O partido Democrata e o Republicano têm, cada um, 49 vagas

O atraso em Montana se deve a problemas nas máquinas de apuração. Até o fim da manhã desta quarta-feira (8/11) ainda não se sabia quem iria para o Senado, se o democrata Jon Tester ou o republicano Conrad Burns. Na Virgínia, onde a disputa entre o democrata Jim Webb e o republicano George Allen foi a mais acirrada das eleições, será preciso esperar até que os votos por correio sejam apurados.



Emissoras locais de rádio alardeavam que havia a possibilidade de que o vencedor nas urnas fosse conhecido apenas em dezembro. Os democratas lideram nas duas disputas com uma margem estreita. A vitória democrata, amplamente antecipada nas pesquisas, foi consagradora.



Às 9 horas de Brasília, os democratas tinham conseguido 228 cadeiras na Câmara de Representantes, mais que suficiente para tomar o controle da Casa e lideravam as disputas em pelo menos quatro circunscrições, o que dá ao partido um potencial de 232 cadeiras.



Já os republicanos, que tinham 229 cadeiras, foram rebaixados para 193 e lideravam a apuração em dez disputas, o que no melhor dos casos lhes daria 203 cadeiras. Nancy Pelosi, que será a próxima presidente da Câmara de Representantes, destacou esta madrugada que as eleições são “uma grande vitória para o povo americano, que deu um novo rumo aos Democratas”.



Os governos estaduais que estavam sendo disputados tiveram o mesmo rumo: os democratas ganharam em 20 dos 36 estados e, pela primeira vez em 12 anos, o partido tem a maioria dos governadores do país.