Morales e Chávez anunciam gasodutos Bolívia-Venezuela

Segundo Morales, após a 2ª Cúpula Sul-Americana de Cochabamba, em 8 e 9 de dezembro, vai junto com Chávez “lançar a pedra fundamental na construção” dos gasodutos. O presidente boliviano também voltou a criticar a transportadora de hidrocarbonetos Transredes, sociedade entre a anglo-holandesa Shell e a britânica Ashmore, por não ter investido nos projetos. “Algumas empresas pensam que, sem elas, a Bolívia não pode viver”, disse. Para Morales, a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) deve assumir a construção dos novos gasodutos. A Transredes é uma das cinco empresas nacionalizadas no dia 1 de maio. O Estado boliviano já tem 34% das ações, mas deseja controlar mais de metade.

Essa iniciativa é mais um passo do fortalecimento das relações entre os dois governos progressistas. Na Bolívia, o presidente Evo Morales conta com apoio técnico da Venezuela. Chávez e Morales nitidamente optaram por fazer renascer um modelo democrático de relações entre países latino-americanos. Por isso, são os alvos preferenciais dos monopólios de comunicação que expressam os interesses do imperialismo norte-americano. Outros representantes da esquerda local têm buscado se aproximar desse modelo — caso dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Néstor Kirchner, da Argentina.

Com agências