Israel se retira da Faixa de Gaza após outra agressão

Forças israelenses retiraram-se do norte da Faixa de Gaza, nesta terça-feira (7/11), depois de uma de suas maiores operações no território palestino em um ano.

''Esta é a pior ação que já vi. O Exército israelense trouxe destruição para todas as ruas e para quase todas as casas. Isso é o tsunami de Beit Hanoun'', disse o policial Khalil Yazji, 45 anos, que mora na região.


 


Em outras áreas da Faixa de Gaza, as forças de ocupação israelenses mataram quatro homens armados e um civil, disseram grupos militantes e autoridades médicas. Autoridades disseram que o presidente Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro Ismail Haniyeh vão retomar nesta terça-feira as negociações para formar um governo de união. Os palestinos esperam que isso leve ao fim do bloqueio econômico impetrado pelos Estados Unidos e União Européia à Autoridade Palestina.


 


Depois da retirada israelense, palestinos saíram às ruas de Beit Hanoun, cidade de 30 mil habitantes de onde são lançados foguetes contra o sul de Israel. Em meio a poças de esgoto, alguns moradores estavam chocados com a dimensão da destruição em prédios, ruas, canos de água e postes de eletricidade. Diversas casas foram demolidas e dezenas foram danificadas durante a agressão, 14 meses depois que Israel retirou unilateralmente tropas e colonos após 38 anos de ocupação.


 


As tropas israelenses assassinaram 52 palestinos durante a agressão, segundo autoridades médicas árabes. Um soldado dos ocupantes foi morto. Moradores de Beit Hanoun devem realizar os enterros de pelo menos 10 pessoas ainda nesta terça-feira. Elas não puderam ser enterradas durante a agressão. As forças invasoras anunciaram o final da operação e suas autoridades alegaram terem encontrado ''grandes quantidades'' de munição, incluindo lançadores de foguetes de fabricação caseira e de mísseis antitanque, em Beit Hanoun.