EUA determinam que ex-governistas do Iraque reassumam funções

Um comitê instalado pelos ocupantes dos Estados Unidos após a invasão do Iraque para perseguir ex-dirigentes do então governante Partido Baath vai recomendar o retorno à maioria dos ex-representantes do partido às suas funções, disse nesta terça-feira Ali

A medida, planejada pelo Pentágono, visa minar setores da resistência iraquiana ligados aos ex-dirigentes. Segundo Faysal, os americanos querem que o grupo de baatistas alijados do poder e que são de “confiança” participe do comitê, que será transformado em um “programa de responsabilidade e reconciliação.”


 


Al-Lami disse também que a proposta de emenda que será apresentada ao parlamento pede a redução do número de baatistas excluídos da vida pública de 30 mil para apenas 1.500 dirigentes importantes.


 


“Vamos entregar estas propostas ao parlamento em alguns dias,” disse al-Lami. O ato ocorre após a condenação do presidente deposto Saddam Hussein à morte por enforcamento, por crimes contra a humanidade.


 


O comitê foi montado no regime militar da ocupação americana em 2003 para retirar e perseguir prováveis dirigentes do governista Partido Baath. Além da própria invasão e posterior ocupação, a medida fez com que muitas áreas essenciais do Estado deixassem de funcionar.


 


O cerne da resistência contra a ocupação americana é formado por ex-integrantes do antigo governo e hoje é integrado por cerca de 50 mil combatentes. Os ocupantes americanos perderam o controle de cidades importantes da província de al-Anbar, a noroeste do Iraque.