Líder do PFL anuncia candidatura própria na presidencial de 2010

O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), sinalizou que o partido romperá a coligação com o PSDB — vigente no plano nacional há 12 anos — e lançará candidato próprio à Presidência da República para as eleições de 2010. O “caminho próprio” fo

“Em 2006 não tivemos outro caminho e a aliança foi necessária. Mas está provado que o PFL tem de buscar sua identidade, um caminho próprio com um nome forte à Presidência da República. O que certamente fará com que o partido aumente os seus quadros”, afirmou Maia, o jovem, filho do prefeito do Rio de Janeiro e ex-presidenciável da sigla, Cesar Maia.



“Oposição praticamente solitária”



O PFL é considerado como o maior perdedor eleitoral de 2006, entre os quatro partidos com maior peso institucional (os outros são o PMDB, PT e PSDB). Ele sai das eleições tendo eleito apenas um governador, no Distrito Federal, e com uma amarga derrota em seu principal reduto, a Bahia, onde perdeu o senador e o governador, já no primeiro turno, após uma hegemonia que durava há 16 anos.



A declaração de Rodrigo Maia conteve uma dura reclamação contra os tucanos. “O PFL foi nos últimos quatro anos e continuará sendo o maior partido de oposição ao governo federal. Isso porque nos primeiros dois anos do governo Lula o PFL foi oposição praticamente solitária no Congresso Nacional. A sociedade decidiu manter Lula. E o PFL, se aparecerem novas denúncias, continuará com a mesmo postura de investigar”, disse o deputado.



O site de Rodrigo Maia diz que o partido seguirá mantendo a postura de oposição fiscalizadora do governo federal. Caso as políticas do governo Lula continuem as mesmas, e as denúncias de corrupção como mensalão e sanguessugas persistam, “a fiscalização continuará alta”, alertou o pefelista. Ele qualificou os movimentos visando a candidatura própria em 2010 como “o grande desafio do partido” a partir de agora.



Sítio tucano fora do ar



Enquanto o PFL sinalizou com essa declaração um movimento estratégico, tirando lições do segundo turno, o PSDB parece encontrar dificuldades para encontrar um discurso que dê conta da derrota deste domingo.



O sítio dos tucanos na internet (www.psdb.org.br) nas primeiras horas desta segunda-feira (30) trazia conteúdo apenas sobre as eleições para governador. Nenhuma palavra sobre a derrota do presidenciável do partido, Geraldo Alckmin, vencido pelo presidente Lula por 58 milhões a 37 milhões de votos.



Na tarde de hoje, o sítio do PSDB estava fora do ar. O endereço eletrônico do Diretório paulista dos tucanos (www.psdb-sp.org.br), principal seção estadual da legenda, funcionava porém mantendo o mesmo silêncio sobre a eleição para presidente. Apenas no texto de uma matéria interna havia uma referência: dizia que “Geraldo Alckmin obteve cerca de 37,5 milhões de votos”, sem mencionar o resultado do segundo turno.



Com agências