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Dirigentes dominicanos visitam sede do PCdoB

De passagem pelo Brasil, delegação formada por cinco autoridades ligadas ao governo da República Dominicana esteve hoje no Comitê Central do Partido Comunista do Brasil e foi recebida por Renato Rabelo, presidente do PCdoB e José Reinaldo Carvalho, secret

Em meio à polêmica que envolve Venezuela, Guatemala e República Dominicana na disputa por uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da ONU, o PCdoB recebeu hoje (30) na sede de seu Comitê Central a visita de cinco autoridades dominicanas: Juan Francisco Santamaría, assistente especial do presidente da República Dominicana e vice-secretário do Partido de la Liberación Dominicana (PLD); Lic. Miguel Mejia, da secretaria de Estado da Presidência da República Dominicana e dirigente do Movimiento Izquierda Unida (MIU); Alejandro Herrera, membro do comitê central do Partido de la Libertación Dominicana; Jose Oviedo, ministro-conselheiro da embaixada dominicana no Brasil e Hector Dionísio Perez, cônsul-geral da República Dominicana em São Paulo. Os visitantes foram recebidos por Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB e José Reinaldo de Carvalho, secretário de Relações Internacionais do partido.




O objetivo do encontro, segundo José Reinaldo, foi “reforçar e aprofundar os vínculos históricos da esquerda dominicana com a esquerda brasileira, em especial com o PCdoB, além de ter sido uma oportunidade bastante rica de intercambiarmos informações”. A delegação esteve ontem (29) com o presidente Lula e acompanhou de perto a apuração dos votos. 




O PLD e o MIU integram o governo do presidente Leonel Fernandez, cuja base de sustentação é formada por uma ampla frente de centro-esquerda baseada num programa comum de caráter democrático e progressista. Fernandez foi presidente de 1996 a 2000, reeleito em 2004 com 57% dos votos e amplo apoio popular.





Conselho de Segurança




Neste mês de outubro, o pequeno país caribenho se tornou notícia ao ser indicado como alternativa ao impasse entre Guatemala e Venezuela, nações que brigam por um assento no Conselho de Segurança da ONU. O nome da Guatemala teria o apoio dos Estados Unidos, União Européia, Canadá, México e Colômbia, enquanto os venezuelanos contariam com Argentina, Bolívia, Brasil, Cuba, Paraguai, Uruguai e 15 integrantes da Comunidade do Caribe, além da Liga Árabe, da União Africana, da China e da Rússia.


Como não houve consenso entre os dois países, a decisão sobre o vencedor deste embate será definida pelos 192 países integrantes da ONU e, para alcançar a tão almejada vaga, serão necessários 128 votos. O nome da República Dominicana surgiu a partir de conversações com Nicolas Maduro, ministro do Exterior da Venezuela. Fernandez, na ocasião, declarou que “vamos considerar isto como uma possibilidade”. Para o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, partido que mantém estreito diálogo com forças que compõem a base do governo dominicano, declarou que o PCdoB considera que a indicação da República Dominicana pode representar uma saída política equilibrada para o impasse. “Vamos nos empenhar para, no que for possível, contribuir para aceitação de seu nome para o Conselho de Segurança da ONU”.


De São Paulo,
Priscila Lobregatte, com agências