Democratas têm vantagem em última semana de campanha nos EUA

Os democratas iniciam a última semana de campanha para as eleições legislativas americanas com uma vantagem expressiva sobre os republicanos, que esperam tirar os seus eleitores de casa para votar e desviar o foco político da guerra no Iraque para limitar

Pesquisas recentes mostram que o crescente impulso do Partido Democrata, alimentado pela insatisfação com o presidente George W. Bush e pela ocupação do Iraque, ameaça o controle republicano tanto no Senado e na Câmara dos Deputados.


 


A vontade do eleitorado por mudanças faz com que os republicanos especulem sobre como será ruim o resultado em 7 de novembro. Eles calculam se vão poder impedir os democratas de conquistarem as 15 cadeiras na Câmara dos Deputados e seis no Senado necessárias para garantir a maioria.


 


“Esse é o cenário mais desafiador para os republicanos desde o Watergate, em 1974”, afirmou o consultor político republicano Whit Ayres, em referência à perda de 48 deputados depois da renúncia do presidente Richard Nixon.


 


“Mas não é uma certeza absoluta que os Democratas vão conquistar o Senado e a Câmara dos Deputados”, acrescentou ele. As chances dos republicanos neste ano dependem bastante do tradicional esforço do partido para levar os seus simpatizantes às urnas. Muitos analistas dizem que esse esforço costuma representar um ou dois pontos percentuais no resultado do pleito. Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório.


 


Os democratas esperam se contrapor ao comparecimento republicano com um esforço próprio para atrair às urnas os seus eleitores, segundo o senador Charles Schumer, líder da campanha do partido para o Senado.


 


“Sabemos que eles ganharam em 2004 e estamos nos preparando desde o início de 2005. O nosso comparecimento às urnas vai igualar o dos republicanos pela primeira vez em muito tempo”, afirmou o senador a um canal de TV.


 


Os republicanos esperam poder tornar a eleição dos 435 integrantes da Câmara dos Deputados e de 33 senadores numa disputa entre candidatos e evitar um referendo sobre Bush ou sobre a ocupação.