Mercosul ratifica apoio à Venezuela na luta pela vaga na ONU

O apoio foi manifestado numa reunião realizada na sede das Nações Unidas para analisar a situação de estagnação na qual se encontra a eleição do país que em 1º de janeiro substituirá a Argentina no Conselho de Segurança.

Durante a reunião, o ministro de Assuntos Exteriores da Guatemala, Gert Rosenthal, informou a seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, que não se retira da disputa, o que impede a escolha de um terceiro país de consenso.

Isso significa que os dois adversários voltarão a se submeter a uma nova rodada de votações na próxima terça-feira, na Assembléia Geral da ONU.

Guatemala
No encontro desta sexta-feira, os representantes dos quatro países do Mercosul mostraram ao embaixador da Venezuela, Francisco Arias Cárdenas, seu pleno apoio diante da nova convocação de votações.

“Propusemos uma via de solução à Guatemala, porque realmente os votos estão petrificados, não se movimentam. Mas como não vai se retirar, os países do Mercosul continuarão apoiando a Venezuela como a melhor opção de levar independência e equilíbrio ao Conselho de Segurança”, disse Cárdenas.

O embaixador atribuiu às pressões dos Estados Unidos o “passo à frente e para trás” que a Guatemala está dando, dado que, em princípio, o país se mostrou a favor da retirada de ambas as candidaturas caso as votações continuassem estagnadas.

“Não é por nossa causa que o processo está parado. Propusemos uma via de saída (o apoio à Bolívia), mas como não a querem, continuaremos brigando para frear o poderoso, aquele que tenta impor-se mediante pressões ocultas”, disse o embaixador da Venezuela.