Como está a luta de dois ''nanicos'' contra o ''homem da Globo''

A revista Retrato do Brasil chega às bancas com o ótimo artigo ''Nós, contra o homem da Globo''. O texto se propõe a mostrar ''a história da formidável peleja entre os 'nanicos' Antônio Carlos Queiroz e Raimundo Rodrigues Pereira contra Ali Ka

Com a colaboração dos barões da mídia, Kamel tenta desqualificar os dois jornalistas desde o começo deste mês de outubro, por causa de uma matéria de capa da CartaCapital. Nesta reportagem, Raimundo revelou um complô escandaloso entre o delegado Edmilson Pereira Bruno e repórteres da grande mídia. O objetivo do acordo era evitar a reeleição, no primeiro turno, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


 


O texto, amplamente repercutido na internet, abalou a credibilidade de tradicionais veículos do País, sobretudo a Globo, que agora tenta o contragolpe. Mas Raimundo e Queiroz rebatem. ''Nessa história há um fato inquestionável: A manipulação dos resultados eleitorais com uma cobertura facciosa do chamado escândalo do dossiê''.


 


Agora, o artigo de Raimundo e Queiroz explica pontos de vistas que a grande mídia oculta:


 


1) ''O 'escândalo do dossiê petista' deveria ser visto como 'uma guerra de dossiês', porque também envolve os tucanos'';
2) ''A grande mídia interveio facciosamente nas eleições, com o escândalo do dossiê. Ela também deve ser investigada''.


 


Confira abaixo uma parte do artigo da Reportagem.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.


 



Nós, contra o homem da Globo


 


Por Antônio Carlos Queiroz e Raimundo Rodrigues Pereira


 



Ali Kamel é um gigante da mídia. Diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo, como assina suas declarações, ele comanda, por exemplo, o Jornal Nacional, que seis dias por semana, no começo da noite, diz para dezenas de milhões de brasileiros o que se passou aqui e no mundo.


 


Além desse extraordinário poder, Kamel é homem de sensibilidade sem par. Veja-se: no dia 29 de setembro, vésperas do primeiro turno da eleição presidencial, ele decidiu que não se faria menção no JN ao acidente do avião da Gol que matou 154 pessoas porque, como disse em matéria paga publicada na revista CartaCapital:


 


''Um telejornal como o Jornal Nacional, recordista absoluto de audiência, constrói sua reputação assim: com notícias corretas, sem espalhar o pânico no País. Pôr no ar que um avião de passageiros da Gol 'pode' estar desaparecido, sem dizer qual o vôo e qual a rota é simplesmente levar o pânico para milhares de casas Brasil afora. Não fizemos isso. Não faremos isso''.


 


É, ainda, um jornalista como não há igual: Neutro, imparcial, como revela no mesmo texto citado:


 


''Não sou movido por paixões políticas e o meu compromisso é apenas com a minha profissão: relatar os fatos com correção e imparcialidade, não importando se beneficiam esta ou aquela corrente política''.


 


(Aliás, diga-se de passagem: Kamel teve de pagar a publicação de seu texto porque Mino Carta, o malvado diretor de CartaCapital, não quis publicar na íntegra sua resposta, na forma de uma  missiva de modestos 13.953 caracteres; foi em CartaCapital onde publicamos o artigo que ofendeu o gigante!)


 


Mesmo assim, o destino cruel, a natureza incontrolável que nos empurra para batalhas impossíveis, nos leva, Antônio Carlos e Raimundo – gente que se pode, sem desdém, colocar no rol da chamada ''imprensa nanica'', a desafiar Kamel.


 


Do Olimpo onde vos situais, perdoai-nos, mas respondei, gigante do poder e das virtudes: a poderosa organização da família Marinho, a quem servis, é capaz de fazer uma revisão do seu procedimento na cobertura do chamado dossiê dos petistas divulgado no primeiro turno da eleição presidencial? Nós vamos fazer uma revisão do que fizemos.


 


Nos comentários à carta de Kamel, publicada no Observatório da Imprensa, a grande maioria dos internautas foi favorável ao nosso ponto de vista, segundo o qual a TV Globo agiu de modo faccioso nessa cobertura.


 



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