Desmatamento da Amazônia cai 30% neste ano

A nova estimativa do governo federal é de que caiu 30% a taxa de desmatamento, segundo dados do Projeto Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes/Inpe), e não só os 11% que vinham sendo projetados por outro sistema do Instituto Nacional de P

Depois do quase recorde de 2004, com 27 mil km², a taxa já baixou duas vezes: 31% em 2005 e 30% agora. Chegou-se à marca de 13.100 km², a segunda mais baixa desde que o Inpe começou a monitorar a taxa sistematicamente em 1988. Mesmo que tenham sido usadas só 34 cenas de satélite, elas são representativas, segundo o MMA, de 2/3 do desmatamento ocorrido no ano anterior. Estima-se margem de erro de 10%, o que daria entre 11.800 km² e 14.400 km², mesmo assim a redução é brutal.


 


Se no ano passado havia razão para comemorar com cautela, agora a hora é de festa. A tendência parece estar se firmando. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, publicou uma nota no site de seu ministério confirmando os dados.


 


“Com a área de 22.910 Km2 de florestas preservadas, nesses dois anos, evitamos a perda de 1 bilhão de árvores, de 40 milhões de aves, de 1 milhão de primatas. Também foi evitada a emissão de 100 milhões de toneladas de carbono na atmosfera”, diz a nota.


 


A ministra aproveitou para defender as concessões florestais, que estão sendo atacadas pelo candidato Alckmin como “privatização da Amazônia” e “venda da floresta a estrangeiros”. Ela afirmou que a Lei de Gestão de Florestas Públicas aprovada no Congresso Nacional é um instrumento para defender a mata dos criminosos que destroem a floresta.


 


“Ao contrário do que equivocadamente se possa pensar, não se trata de uma proposta estapafúrdia de privatização de florestas. Na verdade, as florestas brasileiras desde que começaram a ser usadas, há 300 anos, eram griladas e depois tituladas. Isso sim equivale à privatização. A Lei de Gestão de Florestas Públicas garante que as florestas continuarão públicas e permite a proteção da nossa biodiversidade, das nossas comunidades locais”, disse a ministra.


 


“É possível desenvolver a Amazônia com o cuidado necessário. É possível levar um desenvolvimento mais limpo para lá”, disse o presidente da República, pouco antes de destacar a soberania do Brasil sobre a região. “A Amazônia é brasileira. O domínio soberano do nosso território é inquestionável. Quem quiser conhecer a Amazônia precisa pedir licença para o Brasil. Quem quiser explorá-la tem que pedir licença para o Brasil. Nós não abrimos mão do controle soberano dessa reserva florestal extraordinária. Não abriremos mão”, destacou Lula.