Manifesto de Comitê Universitário pró-Lula tem 486 assinaturas

Confira o manifesto do Comitê Universitário de Apoio à Reeleição do Presidente Lula, que conta com 486 signatários.

Comitê em Apoio à Reeleição do Presidente Lula


 


Por Um Brasil Inteligente: Lula Presidente


 


No próximo dia 29 de outubro, o Brasil escolherá mais que seu Presidente pelos próximos quatro anos. Estará em jogo o futuro de nação que desejamos. Para além das questões éticas que impregnam essa campanha, para além de conceitos econômicos que ancoram as candidaturas, o voto do último domingo de outubro definirá um caminho político para o Brasil. Que aposta desejamos fazer? A de um país que volte as costas para a ampla maioria de sua população e concentre sua atenção em um desenvolvimento econômico que beneficiará a poucos e excluirá a grande maioria? A de um país que considera o ensino superior um luxo, reservado àqueles que por ele podem pagar? Ou, pelo contrário, desejamos um projeto de nação que, sem romper os vínculos que nos unem à economia internacional e ao mundo globalizado, vá, paulatinamente, propiciando melhores condições de vida a todo o nosso povo? Um projeto que contemple o ensino superior, a ciência, a tecnologia e a cultura como elementos indissociáveis do desenvolvimento econômico e social do país?


 


Nos últimos quatro anos, com muitas dificuldades e enfrentando muitos problemas, assistimos a um governo lutar para recuperar as condições de iniciativa do Estado brasileiro, fortemente comprometidas nos governos do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Naquele período, boa parte do patrimônio da nação foi alienada, sem que isso resultasse em melhoria das condições de vida do povo brasileiro. Cresceram: a dívida pública, a inflação, o desemprego. Minguaram os recursos para as áreas sociais, entre as quais se inclui a educação superior. As Universidades Federais acumularam dívidas e, mesmo aquelas com tradição de serem bem administradas, viram-se em dificuldades para saldar seus compromissos básicos, como as contas de água e luz. O ensino privado vivenciou uma explosão de matrículas; o público apresentou taxas irrisórias de crescimento. Houve quase que um congelamento dos concursos para professores, e sobretudo para funcionários, para atender as inúmeras aposentadorias do período. O valor das bolsas do CNPq e Capes foi congelado por 8 anos. O Ministro da Educação, que permaneceu esse mesmo tempo no cargo, recusava-se até mesmo a visitar as Universidades Federais e freqüentemente reservava aos reitores tratamento deselegante e desrespeitoso.


 


Em resumo, a inteligência brasileira foi diminuída, afrontada, talentos foram perdidos.


 


No atual governo foram múltiplas as iniciativas destinadas a recuperar a capacidade de atuação das IFES. Seu orçamento, em valores reais, aumentou mais de 70%. Houve um número de concursos bem maior que no período FHC. O valor e o número de bolsas de iniciação científica, pós-graduação e produtividade em pesquisa foi substancialmente aumentado. Foram criadas diversas universidades federais e campi universitários federais. Importantes iniciativas foram tomadas no campo da educação à distância, apontando para uma rápida redução das enormes diferenças que, nesse aspecto, nos separam dos países da Europa Ocidental. A inteligência brasileira volta a ocupar o espaço de ator central no desenvolvimento do país.


 


Na área da educação básica também alcançamos progressos. Os governos anteriores desenvolveram a idéia da oposição entre o ensino básico e o ensino superior. O governo Lula tratou a educação de forma sistêmica. Foram inúmeras as iniciativas visando a reestruração da educação básica, da educação continuada, da educaçao profissional e do ensino superior. Vamos citar apenas algumas: o projeto de lei de reforma do ensino superior, o Pró-licenciatura, o Pró-Infantil, o Pró-Formação, o Pró-Letramento, a Escola de Gestores, ampliação do programa do livro didático. Reajustou-se em 200% o valor da merenda escolar de R$ 0,06 por aluno/dia em 2003 para R$ 0,18 no corrente ano. Houve a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que se encontra em discussão no Congresso Nacional. Esse fundo vem em substituição ao Fundef, que por conta de um veto do então presidente Fernando Henrique não contemplava a educação infantil nem o ensino médio. A Emenda Constitucional do Fundeb obriga o Governo Federal a destinar, nos seus quatorze anos de duração mínima, R$ 55,4 bilhões, sendo que 60% dos recursos desse fundo devem ser destinados ao pagamento de professores.


 


Por tudo isso, os signatários desse manifesto declaram seu propósito de votar em Lula no dia 29 de outubro, reelegendo-o Presidente do Brasil. Isso não significa relevar os diversos equívocos cometidos por seu Governo e a desilusão que causou a muitos, ao não dedicar a devida importância ao tema da ética na política. Reconhecem, entretanto, que o voto em Lula continua sendo a melhor alternativa na busca de uma nação autônoma, altaneira, desenvolvida e com menores diferenças sociais que o país a nós legado pela herança dos anos de chumbo e dos governos que sucederam à ditadura. E conclamam a todos aqueles que compartilham desse ideal que lhes acompanhem nessa escolha.


 


Comitê Universitário de Apoio à Reeleição do Presidente Lula


 


Abrãao Garcia Gomes e outros 485 signatários