Ilegalidade da Juventude Comunista tcheca fragiliza democracia

“Alertamos à opinião pública nacional e internacional que o governo tcheco promove a mais descabida perseguição revanchista, a intolerância política e ideológica e o arbítrio como arma política contra organizações firmemente enraizadas na política tcheca. O poder estatal criminaliza uma organização democrática, com sólidas raízes na História e na juventude de seu país, reconhecida internacionalmente, e isenta de qualquer prática delituosa.

Seu único crime é a defesa do Marxismo-Leninismo e a denúncia do capitalismo enquanto sistema. Na República Tcheca é proibido pensar por si próprio. Esta é razão pela qual se cassa o status legal da KSM, retira-se do ar o seu sítio na internet, cassam-se os endereços eletrônicos. Afinal os jovens tchecos cometeram o crime de milhões de jovens que por todo o mundo se organizam e denunciam as mazelas do capitalismo.

Esta truculência não é gratuita. O governo tcheco busca apenas exorcizar uma parcela importantíssima da opinião pública que diverge de seu direitismo fascista. Afinal, o Partido Comunista da Boêmia e Morávia é a terceira força política do país, e um dos maiores partidos comunistas da Europa, com mais de cem mil membros, tendo obtido 12,81% dos votos nas eleições parlamentares de junho passado, apesar de persistente campanha anti-comunista contra si e a KSM.

A truculência antidemocrática não deixa dúvidas. Vemos com crescente preocupação a cobertura raivosa por parte da mídia, os apelos ao banimento do Partido Comunista da Boêmia-Morávia, e a impressão de milhares de camisetas com as expressões “Mate um comunista, fortaleça a paz!”. Não é de se estranhar que em 25 de abril deste ano, Jiri Dolejs, vice-presidente do PCBM e deputado nacional tenha sido barbaramente espancado quando se dirigia ao metrô, aos gritos de “porco comunista”.

Todo este ódio tem claros objetivos políticos. Trata-se de desmontar o apoio popular dado à esquerda em sucessivas votações, que levou inclusive ao empate nas eleições parlamentares de junho deste ano, quando comunistas e social democratas elegeram exatamente metade dos deputados, impedindo desta maneira o domínio direitista sobre os rumos do país. A campanha anti-comunista, portanto, tem fria concepção e progressiva aplicação. É um descarado ataque à democracia perpretrado pela direita tcheca, célebre por seu servilismo à administração estadunidense, pelas inacreditáveis hostilidades contra Cuba e pelo neoliberalismo. Como parte significativa do povo tcheco resiste, ignoram o pluralismo político e partem para a mais grosseira perseguição fascista.

Seu objetivo é claro: limitar a democracia, criminalizar a Juventude Comunista, banir o Partido Comunista da Boêmia e da Morávia, além de eliminar por decreto o ideário inaugurado por Marx, Engels e Lênin. A direita tcheca alimenta a ilusão autoritária de calar a luta de classes com base em seus decretos e censores; proíbe questionar até conceitualmente a propriedade privada; ignora o seu próprio povo, que teima em eleger comunistas como parte de seu sistema político; e descobre que a “democracia” é muito mais agradável se criminaliza e persegue os opositores”.

União da Juventude Socialista

 
A UJS pede que seja prestada solidariedade com os jovens comunistas tchecos por meio de envio de mensagens e protestos às representações diplomáticas tchecas no Brasil. Envie seus protestos para Embaixada da República Tcheca noBrasil no endereço Via L 3/Sul, Qd. 805, Lote 21, Brasília
Caixa postal 170
CEP 70414-900

Ou por meio dos telefones: 061 3242-7785, 3242-7905 e pelo fax:  061/32427833. Mensagens eletrônicas devem ser enviadas para o e-mail: [email protected] , que pode ser encontrado também na página da embaixada: www.mzv.cz/brasilia .

A UJS pede também que sejam enviadas cópias para a União da Juventude Comunista Tcheca, no endereço Politickych veznu 9, 11121 Prague, Czech Republic
Tel: + 420 222 897 403 / 446 / 469, ou por meio eletrônico: [email protected]