Compêndio discute três enfoques para medir a pobreza no mundo

Um Compêndio de boas práticas para medir a pobreza, preparado por um grupo de especialistas no tema, conhecido como Grupo do Rio, será apresentado nesta segunda-feira (24), no Rio de Janeiro. O lançamento coincide com a 8ª reunião do Grupo do Rio

O Compêndio contém a síntese de quase uma década de estudos de revisão e sistematização das práticas de medição da pobreza no mundo. Para elaborá-lo o Grupo do Rio recebeu contribuições de 22 países de todos os continentes e 19 instituições regionais ou internacionais.



O Grupo foi criado em 1996 pela Comissão de Estatísticas da ONU. Seu objetivo é identificar as melhores práticas de quantificação da pobreza e colocá-las à disposição da comunidade internacional, contribuindo para estandartizar esses procedimentos.


 


Três enfoques distintos



O Compêndio identifica três grandes enfoques para medir a pobreza: 1) linhas de pobreza; 2) necessidades básicas não satisfeitas, ou indicadores de carência; e 3) combinações destes dois enfoques.



Para o grupo do Rio, os diferentes métodos fornecem informações que são complementares. Na medida do possível, é conveniente que os países não se restrinjam a um só, aconselha o Compêndio



As linhas de pobreza — que podem ser absolutas, relativas ou subjetivas — baseiam-se principalmente na renda ou no consumo dos domicílios. Já os indicadores de carência tentam medir se o domicílio satisfaz suas necessidades básicas, por exemplo de água, área e conforto mínimo.



O documento afirma que o uso exitoso de qualquer um dos enfoques exige boas fontes de informação, sobretudo pesquisas domiciliares e censos demográficos. Recomenda que os países tratem de contar com fontes adequadas para gerar índices de pobreza.



No âmbito mundial existem suficientes práticas com qualidade técnica satisfatória e uma experiência acumulada suficiente para se chegar ao Compêndio de boas práticas. É o que o Grupo do Rio coloca hoje à disposição da comunidade internacional.



Fonte: Cepal (http://www.eclac.org)