CUT associa PSDB à privatização da Petrobras

Segue abaixo a nota oficial da CUT sobre a possível privatização da Petrobras em um novo governo tucano.

O PSDB e a privatização da Petrobrás*


 


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abriu a boca nesta terça-feira, em entrevista à CBN, e entregou o jogo ao reafirmar que o objetivo tucano é mesmo a privatização da Petrobrás. Nada mais óbvio para quem coroou o processo de entrega de 121 empresas estatais, arrebatadas a preço de banana pelo capital estrangeiro com dinheiro público via BNDES.


 


O que Geraldo Alckmin tenta esconder do país é que ele representa mais do mesmo FHC. O candidato tucano fala hoje que é contra a entrega do patrimônio público, mas foi exatamente o que fez às vésperas de sua saída do governo do Estado de São Paulo, ao leiloar a linha 4 do Metrô e a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). Esta última, avaliada em R$ 16 bilhões, foi arrematada pelos norte-americanos por apenas R$ 1,193 bilhão e ainda com R$ 600 milhões em caixa. E o que dizer da privatização com o aumento descomunal dos pedágios nas rodovias Dom Pedro I, Tamoios, Carvalho Pinto e Ayrton Senna? E o Porto de São Sebastião? E a Nossa Caixa Seguros?


 


O Alckmin que jura de pés juntos que não privatizaria a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil é o mesmo que em sua campanha para o governo em 2002 declarou – antes de entregar a CTEEP e o metrô – que ''todas as privatizações necessárias já foram realizadas''. Se a prática é o critério da verdade, podemos ter a dimensão do tamanho exato da sua palavra.


 


Basta consultar o site do candidato tucano para conferir que entre os elaboradores do seu programa de governo estão diversos ex-ministros de FHC, entre eles Mendonça de Barros, que também disse com todas as letras que privatizaria a Petrobrás.


 


Diante do exposto, e de toda a verdade que possibilitou que viesse à tona com o seu esclarecedor pronunciamento, só nos resta pedir a FHC: abra a boca, Magda!


 


Artur Henrique


 


Presidente nacional da CUT


 


* Mantemos o acento na palavra Petrobrás em protesto contra a sua retirada pelo governo FHC, em sua estratégia para privatizar a empresa e facilitar a leitura da marca pelos gringos