Crescimento de Lula demonstra união do País

O temor de um país eleitoralmente dividido entre ricos e pobres, entre norte e sul, está sendo dissipado pelo crescimento do presidente Lula nas pesquisas. Ele está recuperando votos nos estados do Sudeste e nos setores da classe média. Segundo os anal

Normalmente os setores mais dependentes de programas sociais federais apoiavam lideranças conservadoras e se uniam ao eleitorado também conservador nos estados mais ricos. Lula começou a romper com essa aliança em 2002, mas os escândalos políticos tinham reduzido sua base entre os setores urbanziados do Sudeste.


 


Com a ampliação da vantagem de Lula nas pesquisas eleitorais, a situação do candidato tucano, Geraldo Alckmin, tornou-se delicadíssima, avaliam os cientistas políticos.  Segundo o sociólogo e diretor do Ipespe, Antônio Lavareda, somente um fato novo – “teria de ser algo gravíssimo”  – capaz de atingir a imagem do presidente Lula para que se produza uma virada eleitoral. Os 20 pontos que separam Lula de Alckmin equivalem a cerca de 18 milhões de votos.



 
Os tucanos sabem que, mesmo na hipótese de que uma revelação bombástica afete a campanha de reeleição, o cenário dificilmente poderá ser mudado. Mas afirmam ser indispensável manter o otimismo, e não descartam a hipótese de que as investigações sobre o dossiê Vedoin produzam a tempo um fato de grande impacto. Os comerciais de Alckmin na TV procuram alimentar a polêmica sobre a origem do dinheiro apreendido com petistas para evitar que o tema esfrie e caia no esquecimento.



 
Falta de preparo


 


Algumas lideranças da oposição, no entanto, não perdoam Alckmin e seu marqueteiro, Luiz Gonzáles, pela falta de preparo na campanha. Os tucanos se queixam da falta de resposta da campanha à questão das privatizações. A jaqueta e o boné com símbolos do Banco do Brasil, Correios, Petrobrás e Caixa Econômica, usados ontem por Alckmin para posar para fotos foi uma idéia do marqueteiro Gonzáles considerada lamentável por lideranças graduadas do tucanato.


 


Segundo essas fontes, o marketing do candidato curvou-se ao jogo do PT ao aderir ao veto político que Lula está opondo às privatizações. O certo seria, dizem as fontes, lembrar ao eleitor o que eram as estatais Telebrás e Vale do Rio Doce e o que elas representam para a vida do País depois que foram privatizadas.



 
Assim mesmo, a campanha alckmista organizou uma espécie de estado maior para agir de modo minimamente eficaz nos dez dias que faltam para o final da campanha. O governador mineiro Aécio Neves reunirá, nesta quinta-feira (19), 90 deputados, prefeitos e vereadores e cabos eleitorais que ajudaram na sua reeleição para, segundo ele, um esforço redobrado na reta final do segundo turno.



 
Com agências