Olívio e Lula recebem adesão de 164 prefeitos e vices

São 33 do PMDB, 58 do PDT, 36 do PP, 19 do PSB, 12 do PTB, dois do PL e quatro sem partido.

O Salão Diplomata do Hotel Embaixador, na capital, com capacidade para 250 pessoas, ficou completamente lotado e muitas pessoas tiveram que assistir em pé ao ato político no qual 164 prefeitos e vices de outros partidos, além de vereadores, declararam seu apoio às candidaturas de Lula à presidência e Olívio Dutra governador. São 33 prefeitos do PMDB, 58 do PDT, 36 do PP, 19 do PSB, 12 do PTB, dois do PL e quatro sem partido. Somados aos 97 prefeitos e vices do PT, totalizam 261 prefeituras comprometidas com as candidaturas da Frente Popular e Coligação A Força do Povo, neste segundo turno.


 


 


No manifesto lido pelo prefeito de Vítor Graeff, Flávio Lammel, do PDT, eles destacaram que “na sua gestão como administradores do País e do Estado, tanto Olívio Dutra, quando governador, e Lula, como presidente, sempre trataram a todas as prefeituras do Rio Grande do Sul e do Brasil de forma igual, sem discriminações de qualquer espécie”. Também acentuaram que nunca foram tratados com tanto respeito e consideração por um governador e um presidente como nos governos de Lula e Olívio. “Em certas ocasiões, inclusive, o volume de recursos repassados por Olívio e Lula foi até mesmo maior que o estabelecido por Lei”, diz o documento.


 


 


Estavam presentes no ato, além de Olívio, a sua vice, Jussara Cony, o coordenador da campanha de Lula no Estado, Miguel Rossetto, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deputados e parlamentares da Frente Popular e dos demais partidos. Rossetto destacou que aquele ato político era a melhor expressão do compromisso e respeito com as grandes e verdadeiras causas que movem a todos da Frente Popular e seus apoiadores. “Não será uma representante das elites paulistas e privatistas que irá governar nosso povo”, discursou o coordenador, lembrando que nunca um presidente destinou tantos recursos e investimentos aos municípios gaúchos como Lula.


 


 


Dilma Rousseff alertou que o Brasil se encontra numa fase na qual os tamanhos do desafio e dos adversários são tão grandes que vão exigir cada vez mais diálogo e maior convergência de propósitos dos partidos comprometidos com as verdadeiras mudanças no país. “Assim conseguiremos levar o Brasil a um patamar em que se transforme na grande potência da América Latina e também numa das grandes potências do mundo”. O chamado “choque de gestão” que pregam “as forças do atraso” nada mais é que a privatização das estatais, como fez o tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, com a Cesp e Eletropaulo, acrescentou a ministra.


 


 


Não há como um governante realizar políticas públicas sem a participação dos municípios, que acompanham a sua execução nas comunidades, para que o dinheiro público possa produzir mais onde as pessoas vivem, na área rural ou urbana, disse Olívio ao saudar a todos e agradecer os apoios. “Vamos retomar a municipalização solidária da saúde”, afirmou o candidato, sob aplausos. “O Banrisul não pode sofrer ameaça de privatização, assim como a Corsan, a Sulgás e a Procergs”, acrescentou. Disse ainda que o Fundopem deve servir para apoiar as micro, pequenas e médias empresas, que somam mais de 200 mil empreendimentos no Estado.


 


 


Pressões e desligamento


Sentado na primeira fila do auditório, o prefeito de Nova Prata, Vítor Pletsch, explicou que está sem partido porque resolveu apoiar Olívio e Lula já no primeiro turno e sofreu pressões do seu partido, o PFL. Preferiu pedir desligamento da sigla e manter seu voto em quem acredita que seja melhor para o Rio Grande. “Lula e Olívio são meus amigos e Nova Prata recebeu um carinho muito especial de toda a administração do Lula. Olívio sempre me tratou muito bem como governador e ministro. Mas, sobretudo, aqui no RS vou votar em quem nasceu no Rio Grande”, completou.


 


 


A prefeita de Ernestina, Diná Silva, do PDT, explicou que sua posição alinhada com Lula e Olívio decorre da identidade com os programas e projetos de governo destes candidatos. “Também por conhecer e acreditar no Olívio, que é ético, honesto e comprometido com as causas municipais”. Já Paulo Portella (PP), prefeito de Ibirapuitã, contou que está no seu terceiro mandato e é a terceira vez que vota em Olívio: “Estou aqui por causa do povo, porque o povo quer isso”, discursou.


 


 


O fato de Olívio conhecer muito bem o Rio Grande do Sul e todos os seus municípios foi um aspecto destacado pelo prefeito de Guarani das Missões, Antonio Gonsiorkiewicz, do PTB. “O Olívio já é conhecido, é missioneiro da Bossoroca, é um cidadão da região, é amigo, é nosso parceiro. A outra candidata (Yeda Crusius) não é confiável”, afirmou. Falando em nome dos prefeitos do PMDB, Agostinho José Orsolini, de Encantado, disse que eles estavam ali pela certeza de que com o candidato da Frente Popular os municípios serão reconhecidos e respeitados, sempre.