Venezuela pode entrar amanhã no Conselho de Segurança da ONU

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, garantiu hoje (15/10) que seu país ''estará no Conselho de Segurança'' da ONU. A vaga, segundo ele,  virá apesar de os Estados Unidos ''ativarem toda sua capacidade de guerra suja'' para tentar impedir isso.

Nesta segunda-feira, a Assembléia Geral da ONU renovará cinco das dez vagas não-permanentes do conselho. Venezuela e Guatemala disputam a cadeira ocupada atualmente pela Argentina. O Conselho de Segurança é máxima instância de decisão das Nações Unidas.


 


''Neste mesmo instante, nos corredores da ONU, está acontecendo um combate corpo a corpo, porque os delegados dos Estados Unidos andam pelos corredores'' atrás do embaixador venezuelano na organização, Francisco Arias Cárdenas. ''Quando Arias Cárdenas fala com (os representantes de) um país X, mal sai da reunião e cinco dos Estados Unidos já estão atrás dele'', disse Chávez, em ato público transmitido por emissoras estatais de rádio e televisão.


 


A atitude americana, disse, é uma demonstração de que a ONU não merece ter sua sede nos Estados Unidos – até que esse país se liberte do ''nefasto sistema imperial que ali funciona''. A Assembléia Geral da ONU renovará amanhã cinco das dez vagas não-permanentes do Conselho de Segurança – máxima instância de decisão da instituição, dos quais um (atualmente ocupado pela Argentina) é disputado por Venezuela e Guatemala.


 


Chávez insistiu que seu país não está enfrentando a Guatemala, mas os Estados Unidos. E repetiu que Washington usa recursos ''como pressões e chantagens'' a fim de evitar que a Venezuela obtenha os votos necessários na votação secreta dos 192 membros da ONU.


 


Para vencer a votação, um dos dois países precisa ter no mínimo 128 votos a favor. Caso não conseguiam essa maioria, a votação se repetirá sucessivamente até que algum deles obtenha o apoio necessário.


 


A Venezuela conta até agora com os votos dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), a Comunidade do Caribe, a Liga Árabe, a União Africana, a China e a Rússia.