Rumores sobre “estado terminal” de Fidel não têm evidência

Uma reportagem da Time, publicada neste sábado (07/10), levanta a suspeita de que o presidente cubano, Fidel Castro, sofre de cancro (uma espécie de câncer) em estado terminal. Embora tenha repercutido mundo afora, a informação é classificada ape

A saúde do líder cubano é alvo de especulações – muitas delas grosseiras – desde julho, quando Fidel se licenciou para tratar de uma delicada cirurgia no abdômen. A situação gerou comemorações apressadas na Casa Branca, mesmo sem ser possível aferir o real estado do estadista, líder da Revolução Cubana de 1959.


 


Em sua reportagem, a Time diz se basear em fontes do serviço secreto dos Estados Unidos que não se identificaram. Numa tentativa de se descomprometer, o site da revista deixa claro que tais relatórios da inteligência dos Estados Unidos “podem estar equivocados”.


 


Um funcionário do próprio serviço secreto reconhece que, para os Estados Unidos, “é quase impossível conseguir uma prova definitiva” sobre os rumores. Além do mais, de acordo com a fonte do governo de Cuba consultada pela Time, os preparativos para a festa de aniversário de 80 anos de Fidel continuam, com celebração programada para o dia 2 de dezembro.


 


O fetiche da sucessão
A falta de provas não impede que autoridades americanas comecem a se preparar para tentar ferir a soberania de Cuba, submetendo o país caribenho ao imperialismo. Os Estados Unidos têm espalhado boatos atrás de boatos, como especular que os eventuais sucessores de Fidel, cientes da suposta fase terminal, “quiseram sondar a reação do público à sua ausência”.


 


Essa seria a bizarra explicação para a transferência de poder a Raúl Castro, que, no entanto, tem dado continuidade aos ideais do socialismo cubano. No último dia 4, o chanceler Felipe Pérez Roque assinalou que Fidel “continua recuperando-se e que estará novamente à frente da revolução”.