Igrejas americanas já aceitam doações com cartão de crédito

Doações na igreja deixando dinheiro numa cestinha pode virar coisa do passado. Isso se Marty Baker conseguir disseminar seu novo método – caixas automáticos que aceitam o cartão de débito ou de crédito dos fiéis.

Baker, pastor do estado da Geórgia, teve a idéia “divina” de coletar dinheiro para sua igreja usando o que ele chama de “caixas de doação”. A vantagem, segundo ele, é que tais caixas permitem que os fiéis sejam generosos com sua congregação sem precisar botar a mão no bolso e mexer no dinheiro em espécie.


 


Na igreja comunitária protestante de Stevens Creek, a idéia já virou um sucesso. Outras paróquias do país estão ansiosas por se adaptar a essa nova tecnologia religiosa. “Acho algo muito conveniente”, afirmou o pastor de 45 anos. “Nossa cultura vive com um cartão de crédito à mão. Por isso, é conveniente usar de comodidade para que as pessoas possam servir ao Senhor.”


 


O religioso contou que a idéia do caixa eletrônico surgiu há alguns anos, quando sua igreja tentava reunir dinheiro para construir um anexo. “Pensei um pouco e vi que não carregava dinheiro na carteira – e, sim, um cartão de crédito”, disse. Assim nasceu o primeiro “caixa da doação” em Stevens Creek, em março de 2005, que coletou US$ 100 mil dos fiéis. Uma segunda máquina foi colocada na entrada da igreja.


 


Mais e mais coleta
“Tem sido um sucesso. Esperamos recolher cerca de 200 mil dólares”, disse Baker. De acordo com ele, “não se trata apenas de coletar dinheiro – e sim de ser progressista para nos conectarmos com nossa cultura”. Os doadores que usam os caixas obtêm um recibo com citações bíblicas e também têm direito a pontos ou milhas aérea em seus cartões.


 


Penny Oates, membro da congregação de Baker, acha o método muito conveniente. “É maravilhoso. Muito simples e fácil de usar”, afirmou. Baker indicou que sete igreja do país, todas protestantes, já compraram seus caixas – e há muitas outras interessas. As máquinas custam entre US$ 2 mil e US$ 5 mil, de acordo com o modelo. Sem contar os US$ 50 dólares mensais de taxa de serviço.


 


O pastor fez questão de esclarecer que as igrejas que não gostarem da idéia de ver seus fiéis endividados com cartões de crédito em nome de Deus podem optar apenas pelos cartões de débito. Também negou as críticas de que está enriquecendo à custa de sua idéia.


 


Segundo Baker, a companhia que o ajudou a pôr em prática a idéia – a Automated Giving Solutions – é administrada por sua esposa. “Acho que a Bíblia nos incentiva a sermos trabalhadores. A Bíblia fala sobre investimento, sobre trabalho duro. Diz que todo trabalho duro traz benefícios”, resume o moderno pastor.