Escândalo sexual nos EUA amedronta republicanos

Mark Foley, do Partido Republicano, renunciou ao cargo de deputado pela Flórida após a acusação de envio de e-mails de conteúdo explicitamente sexual para menores de idade que trabalham como mensageiros no Congresso.

A pouco mais de um mês das eleições no congresso americano, o Partido Republicano, do governo, vive uma aflição maior. Sua liderança na Câmara dos Representantes tenta conter o estrago político e possivelmente eleitoral causado pelo escândalo envolvendo Mark Foley, que renunciou ao cargo de deputado pela Flórida quando acusado de enviar e-mails de conteúdo explicitamente sexual para menores de idade que trabalham como mensageiros no Congresso.


 


Larry Sabato, professor da Universidade da Virgínia e um dos mais conhecidos analistas políticos do país, resume que o escândalo é um “desastre” para os republicanos que lutam para manter o controle tanto da Câmara, como do Senado nas eleições de novembro.


 


O caso Foley pode ser um ponto de virada para um eleitorado bastante desiludido com sua classe política em geral, mas a punição maior será em cima dos republicanos.


 


Para conseguir a maioria, os democratas precisam ganhar 15 cadeiras na Câmara, onde haverá renovação completa, e 6 no Senado, no qual está em disputa um terço dos assentos.


 


Além de Foley, em perigo também está a cadeira de Tom Reynolds, de Nova York, coordenador da campanha eleitoral republicana da Câmara que era próximo do ex-deputado em desgraça. Ele é agora é alvo preferencial das denúncias da oposição democrata de que o comando do partido situacionista estava mais preocupado em proteger Foley do que os adolescentes que trabalham no Congresso.


 


De todos os escândalos que afligem os republicanos – três dos seus deputados já foram indiciados por corrupção – o caso Foley é o mais fácil de entender. Poucas questões são mais indignantes para os eleitores com filhos do que escândalos envolvendo membros do Congresso com menores de idade e a impressão de acobertamento.


 


O escândalo Foley explodiu quando as perspectivas republicanas para manter o controle da Câmara tinham melhorado, a taxa de aprovação do presidente George W. Bush subira para a faixa dos 40% e o preço da gasolina havia baixado de forma significativa.