Para Lula, oposição quer “ganhar achincalhando”

Em comício na praça Tubal Vilela, no centro da cidade do Triângulo Mineiro, o presidente convocou as sete mil pessoas presentes para sair às ruas nesta última semana de campanha e disputar voto a voto. Os argumentos para esta disputa, segundo ele, estão na comparação entre o que foi feito nos últimos quatro anos no país e em Minas Gerais, com o que foi feito nos oito anos do governo anterior.

Segundo Tempo atende 3.100 em Uberlândia

“Muita gente tem ainda uma visão errada do governo, mas nunca um governo investiu em Minas o que nós investimos em quatro anos em todas as áreas, principalmente no social, nem eles que ficaram oito anos no governo”, disse o presidente. Os investimentos na área social, lembrou, passaram de R$ 7 bilhões para R$ 14 bilhões.
Antes de iniciar seu discurso, Lula havia chamado alguns ministros ao palanque, para que fizessem um balanço das realizações do governo no país e em Minas Gerais. Orlando Silva, do Esporte, citou como principais ações em sua área a concessão de bolsa para os atletas carentes, a organização dos Jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro e o programa Segundo Tempo, que, somente em Uberlândia, garante atividade esportiva para 3.100 meninos e meninas das escolas públicas.

Fernando Haddad, ministro da Educação, destacou a transformação da Faculdade de Alfenas em universidade federal, a criação da Universidade do Triângulo Mineiro e de três novas escolas técnicas no Estado, sendo que duas ficarão prontas este ano e a outra em 2007. Também citou o ProUni e o Fundeb, que espera a aprovação do Congresso.

Programas sociais atingem 58 milhões

Na área de turismo, segundo o ministro Walfrido dos Mares Guia, as viagens domésticas aumentaram mais de 70% em quatros anos, passando de 30 milhões para 50 milhões. Além disso, disse ele, os turistas estrangeiros estão deixando no Brasil, somente este ano, R$ 4,5 bilhões, o dobro do que gastavam antigamente. “Em conseqüência disso, o Brasil gerou 1,06 milhão de empregos no setor”, completou.
Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, fez um balanço da área social, que hoje beneficia 58 milhões de pessoas carentes através de diversos programas. No caso do Bolsa Família, afirmou que, somente em Minas Gerais, são atendidas 1,2 milhão de famílias e, em Uberlândia, 18,5 mil.

Os investimentos de sua pasta em Minas chegam a R$ 2,6 bilhões e, para ele, estão longe de ser assistencialistas. “Em torno deles há uma série de outras políticas, como a econômica, a de salários, a do emprego, que criam as condições para a emancipação destas famílias. Já a direita sempre procurou manter os pobres na pobreza”, afirmou Patrus Ananias.

Para Dulci, “um governo revolucionário”

A participação dos movimentos sociais e populares nas decisões do governo foi o destaque do discurso do secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci. “O governo Lula é um governo revolucionário porque teve a participação social nas decisões, promoveu a democratização do Estado. Mais de dois milhões de pessoas participaram de conferências em todo o país, para discutir as políticas públicas”, afirmou. Dulci também citou o atendimento de 711 mil jovens com programas de educação e inclusão e o aumento das verbas do Pronaf de R$ 2 bilhões para R$ 10 bilhões como exemplos de realizações deste governo que também tiveram a participação popular.

O vice-presidente José de Alencar disse que sua presença no comício tinha como primeiro objetivo “agradecer ao Lula pelo governo que fez, que olhou mais para o povo, investiu nas pessoas”. E também destacou o espaço que Minas Gerais teve no governo federal, com cinco ministros e um vice-presidente. “Lula representa o sentimento da nação. Votar em Lula é votar no Brasil”, concluiu.

Também discursaram o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, o ministro Helio Costa, das Comunicações, os candidatos da coligação ao governo de Minas, Nilmário Miranda, a vice, Daire Resende, e ao senado, Newton Cardoso.

Com http://www.lulapresidente.org.br