Cesar Maia prevê divórcio “inexorável” entre PFL e PSDB

“É inexorável essa separação. Vai haver”, prognosticou o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, sobre o futuro das relações entre seu partido, o PFL, e o PSDB. Em entrevista a Catia Seabra, no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (18), M

“Se o PSDB não ganha o Estado de São Paulo, desaparece. Na inauguração do comitê do Paulo Renato, Fernando Henrique disse: 'Precisamos reconstruir o PSDB'. O PSDB sai dessa campanha completamente esfacelado. Se antes se dizia que o PSDB era um partido paulista, eu diria: ele é exclusivamente paulista. Acabou. E o FHC percebe isso. Quer dizer, o Aécio, em Minas, o que é? O PSDB? O que aconteceu no Ceará? Então, sai em frangalhos. Se o PSDB não ganha as eleições de São Paulo, ele vai ter que começar de novo”, afirmou o prefeito carioca.


Sobre a carta de FHC: “É ruim”



Sobre seu partido nesta campanha, Cesar Maia usou os tempos verbais no passado. Disse que “o PFL foi muito mais o partido do Alckmin do que o PSDB” e “fez todos os gestos de agregação”. Opinou que “o PSDB sai fraco” mas “o PFL sai forte desta eleição. Muito mais unido. Muito mais estruturado.” Concluiu daí que “o Alckmin não ganha a eleição, o PFL vai ter candidato à Presidência da República, inexoravelmente”.



Perguntado sobre a carta aberta de Fernando Henrique aos tucanos, Cesar Maia disse que “Uma carta daquela é ruim, de quem já está tratando do dia seguinte da eleição. Muito interessante para ser lida no dia 2 de outubro. Agora, no dia 10 de setembro? Tenho convicção que pode dar segundo turno. Ele, o quadro mais importante destacadamente do PSDB, não”, criticou.



Cesar Maia foi o presidenciável do PFL entre janeiro de 2005 e março último, quando desistiu em favor de Geraldo Alckmin, depois de apoiar José Serra na disputa interna do PSDB. Na entrevista, ele voltou a criticar copiosamente a campanha do candidato presidencial do bloco PSDB-PFL, em especial o programa no horário de TV. “O contraste tem de ser mais contundente. A crítica que ele [Alckmin] faz ao Lula não é suficiente para o eleitor mudar”, diagnosticou.



Com Folha de S. Paulo