Empresários manifestam apoio à reeleição de Lula

Empresários de diversos ramos da atividade econômica divulgaram nesta sexta-feira (15/9), em São Paulo, um manifesto em apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Ao tornar pública nossa posição, reafirmamos que um país justo e democrático é construído com participação de todos, sem preconceitos. A caminhada deve prosseguir porque o Brasil mudou e vai continuar mudando”, diz o documento, que já conta com 80 assinaturas e está aberto a novas adesões.



Entre os apoiadores estão representantes dos setores de construção civil, têxtil, imobiliário, educação, saúde, agronegócio, telecomunicações, transportes, comércio e serviços, além de profissionais liberais.



No lançamento do manifesto, Lawrence Pih, um dos coordenadores do Comitê de Empresários Lula Presidente, destacou que o apoio à reeleição vai além da questão circunstancial.



“Como empresários, temos uma responsabilidade social. Nossa tarefa e desafio não é apenas acumular riqueza e aumentar nossas empresas. Temos uma função social efetiva. E, por esse motivo, a sintonia ideológica com o Partido dos Trabalhadores e com o governo Lula”, disse Pih, enfatizando que não há crescimento econômico sem justiça social.



Ele lembrou que o momento atual é muito melhor do que em 2003, primeiro ano do governo Lula. “Havia uma situação de insegurança econômica no país. Agora, a situação é totalmente diferente. Temos números macroeconômicos muito sólidos”.



Avanços
Lawrence Pih citou os esforços do governo Lula para praticamente zerar a dívida externa do setor público, avanço acompanhado da redução da dívida interna em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), que caiu de 58% para perto de 50%.



Também falou do controle da inflação, da auto-suficiência em petróleo e dos seguidos recordes do superávit comercial, ações que contribuíram para o equilíbrio das contas externas. “O nosso risco no passado sempre foi a nossa vulnerabilidade externa. Hoje isso não existe mais”, disse.



O empresário rebateu as críticas aos índices de crescimento econômico. Afirmou que o país só não está crescendo a taxas de 5% ou 6% ao ano porque a economia do país passava por constrangimentos históricos.



“Era preciso primeiro arrumar a casa. E foi isso o que o governo Lula fez, porque encontrou a casa totalmente desarrumada”, destacou. Ele lembrou ainda da crise do apagão no governo FHC, que levou ao racionamento de energia, à queda na produção e à conseqüente redução do PIB.



“Os outros governos foram incompetentes em muitas coisas e nós fomos competentes em muitas coisas, haja visto o quadro macroeconômico”, analisou.



Leia abaixo a íntegra do manifesto de empresários em apoio à reeleição do presidente Lula:



MANIFESTO



Nós, cidadãos e cidadãs abaixo-assinados, que atuamos no segmento empresarial, considerando:


1) que é direito de todo cidadão participar da vida política do país;
2) que é direito de todo cidadão, ao assumir uma posição política, expressá-la de forma transparente e pública;
3) que o Brasil combina atualmente, no plano macroeconômico, diversas medidas de estímulo ao crescimento;
4) que é necessário continuar, ampliar e aprofundar o processo de mudanças e reformas que o Brasil vem realizando na busca de maior desenvolvimento econômico com justiça social,



Manifestamos:



1) Nosso apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente José Alencar, candidatos da coligação “A Força do Povo” à Presidência da República;
2) Nosso compromisso de ampliar esse apoio entre colegas empresários;
3) Nossa disposição em manter toda a colaboração necessária às iniciativas que visem:
a) maior geração de renda e trabalho;
b) a promoção da dignidade do povo brasileiro por meio de políticas de combate à desigualdade social;
c) a ampliação da cidadania;
d) e o desenvolvimento sustentável.



Ao tornar pública nossa posição, reafirmamos que um país justo e democrático é construído com a participação de todos, sem preconceitos. A caminhada deve prosseguir porque o Brasil mudou e vai continuar mudando.



São Paulo, 15 de setembro de 2006.