No Ceará, Cid Gomes abre 27 pontos de vantagem sobre tucano

O candidato Cid Gomes (PSB) ampliou sua vantagem na disputa pelo governo do Ceará, segundo pesquisa do Datafolha, e está 27 pontos à frente do segundo colocado, o governador Lúcio Alcântara (PSDB), que tenta se reeleger.

Pelos dados do Datafolha, Cid está com 57% das intenções de voto e venceria no primeiro turno, caso a eleição fosse hoje, contra 30% de Lúcio. Em relação à pesquisa anterior, divulgada no dia 26 de agosto, Cid ganhou sete pontos e Lúcio perdeu sete.



A pesquisa está registrada no TRE-CE sob número 20.141/2006. O levantamento foi feito nos dias 11 e 12, em 50 municípios do Ceará, com 1.129 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais.



Os candidatos Renato Roseno (PSOL) e Horácio Gondim (PSDC) têm 1%. Salete Maria (PCO) e José Maria de Melo (PL) não atingiram 1%. Os votos brancos e nulos somam 4%, e os indecisos, 5%.



Estratégia infeliz
Pelos resultados da pesquisa, não surtiu efeito a estratégia de Lúcio de anunciar, na sua propaganda eleitoral, o rompimento com o senador Tasso Jereissati, maior liderança tucana do Ceará. A maioria dos eleitores, 61%, nem ficou sabendo do rompimento, segundo o Datafolha. Entre os que souberam, 66% acreditam que isso pode influenciar negativamente a candidatura do tucano e apenas 14% falaram que o rompimento pode ajudá-lo.



Também não adiantou, para Lúcio, mostrar na campanha seus vínculos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e esconder Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a pesquisa, 64% dos que dizem votar em Lula no Ceará declaram votar em Cid, seis pontos a mais que na pesquisa anterior. Lúcio fica com 27% nesse grupo.



Virada
Cid ultrapassou Lúcio logo que começou a propaganda no rádio e na TV. Sua estratégia é mostrar que é o candidato de Lula, irmão do ex-ministro Ciro Gomes (PSB) e um político experiente, por ter sido prefeito de Sobral (a 240 km de Fortaleza) durante oito anos.



Lúcio, por sua vez, desde a virada de Cid, passou a ter uma propaganda mais agressiva e tomou atitudes polêmicas, como colocar no ar imagens suas ao lado do presidente Lula e dizer que Tasso, seu antigo aliado, é “omisso” e de fato apóia a candidatura de Cid.



Cid lidera a disputa em todos os segmentos sociais. Ele tem a menor rejeição, apenas 11%, enquanto Lúcio tem 30%.