Brasília sedia troca de experiências culturais populares da América do Sul

Começa nesta quinta-feira (14), em Brasília, o I Encontro Sul-Americano das Culturas Populares e o II Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares, que reunirá representantes de 12 países, gestores culturais, artistas, especialis

Os artistas populares sul-americanos se reúnem para trocar experiências sobre as formas de expressão e celebrações das manifestações e tradições culturais de cada país do continente. os dois eventos, segundo o professor da Universidade de Brasília (UnB), o antropólogo José Jorge de Carvalho, têm a perspectiva de mostrar para o Estado e à sociedade o desafio de como repensar a construção da nação brasileira na perspectiva das tradições culturais populares.


 


José Jorge disse que apesar das semelhanças culturais entre o Brasil e outros países sul-americanos, a maioria dos brasileiros nunca teve acesso às tradições e manifestações artísticas de nossos vizinhos. Até então, o intercâmbio cultural mais difundido na sociedade brasileira foi com a Europa e, mais recentemente, com os Estados Unidos.


 


Os eventos contarão com representantes da Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Peru e Venezuela; delegações de todos estados brasileiros e do Distrito Federal; conferencistas nacionais e internacionais; além de grupos de tradições culturais e de instituições da sociedade civil dos países participantes.


 


Constam da programação dos dois encontros – que abordarão temas como os processos de colonização, resistência e tradição das culturas populares – seminários e mesas-redondas, oficinas com mestres e artistas dos países sul-americanos, exposições de arte e artesanato, apresentações de grupos de cultura popular e espetáculos.


 


Aprofundar debate


 


O II Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares intensificará o processo iniciado na primeira edição. A proposta é permitir o conhecimento da diversidade das tradições culturais brasileiras, tanto do ponto de vista inter-regional como também intra-regional. Junto a esse esforço mútuo entre expressões culturais das diversas regiões do país, o Seminário oferecerá aos mestres e artistas uma oportunidade de intercâmbio com várias manifestações de cultura popular de toda a América do Sul.


 


Além desse intercâmbio, o Seminário quer discutir e aprofundar as decisões do evento de 2005 para, finalmente, gerar um documento ministerial sobre políticas públicas para as culturas populares. Esse documento deverá ser o Capítulo do Plano Nacional de Cultura dedicado ao Programa Nacional para as Culturas Populares.


 


Dois temas serão privilegiados: o papel dos processos educativos, formais e informais, para o estímulo e o crescimento das tradições culturais; e a socialização dos códigos de acesso e de gestão dos programas e projetos para as culturas populares.


 


Os eventos são promovido no Brasil pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural. A organização geral é da Comunidade Sul-Americana de Nações (Casa), criada em 2005 e presidida pelo Brasil.


 


Com agências