Cuba não pretende impor suas posições à frente do Noal

O governo cubano informou nesta terça-feira (12/9) que não tentará impor suas posições ao Movimento dos Países Não-Alinhados (Noal), cuja Presidência assumirá durante a cúpula desta semana, em Havana, que reúne delegações de quase todos os seus 116 mem

Os altos funcionários que participam da 14ª Cúpula do Noal deram nesta terça-feira os últimos retoques no documento final da reunião, que inclui temas como o terrorismo, a situação do Irã e a agressão israelense ao Líbano. “Houve avanços significativos em praticamente todos os assuntos”, afirmou o vice-ministro de Relações Exteriores de Cuba, Abelardo Moreno, durante um encontro com a imprensa.



“Cuba não imporá suas posições. Buscaremos os consensos necessários através da negociação e do diálogo”, afirmou Moreno.



Temas-chave
A minuta da declaração final, de quase 90 páginas, aborda temas como a reforma das Nações Unidas, o processo de paz no Oriente Médio, a invasão israelense do Líbano e o uso da energia nuclear pelo Irã. O texto está sujeito à revisão dos países-membros do Noal. As modificações finais, que ainda não foram divulgadas, deverão ser aprovadas pelos Chefes de Estado e de governo que participem da reunião.



Espera-se a presença de cerca de 50 governantes entre sexta-feira e sábado. A minuta da declaração final da 14ª Cúpula do Noal inclui uma condenação expressa ao terrorismo e convoca todos os Estados-membros a cumprirem as obrigações assumidas na Carta das Nações Unidas com relação à luta contra o terror.



Além disso, os países do Noal reafirmaram seu apoio ao plano de paz no Oriente Médio e rejeitaram a imposição de medidas unilaterais por parte de Israel. A minuta inclui ainda um novo apelo aos Estados Unidos para que acabe com o embargo contra Cuba, e apóia o Governo de Hugo Chávez.



Durante a quarta-feira e a quinta-feira, ocorrerão as reuniões de chanceleres, que serão seguidas pelos encontros de chefes de Estado e de Governo e personalidades convidadas, como o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.