Estado da Índia é processado por proibir Coca-Cola e Pepsi

A Coca-Cola e a Pepsi, maiores fabricantes de refrigerante do mundo, estão processando o governo do estado de Kerala, na Índia, que proibiu a produção e a venda de seus produtos no local. Kerala vetou as bebidas em agosto, após a publicação do relatóri

Em 2003, baseado em outro estudo da mesma ONG, uma comissão do Parlamento da Índia recomendou que se estabelecessem padrões de pureza para as bebidas vendidas no país, sobretudo para refrigerantes. Agora, o ministro indiano para Indústrias de Alimentos Processados, Subodh Kant Sahay, disse que o governo vai analisar o assunto quando receber uma queixa oficial.


 


Kerala foi o primeiro estado a restringir completamente a produção e a venda das companhias. Com isso, fechou um mercado de 30 milhões de clientes em potencial. Cinco outros estados já haviam proibido parcialmente as bebidas – em escolas, universidades e hospitais. O governo de Kerala disse que tomou a decisão pois as bebidas punham em risco a saúde dos consumidores. O plano, porém, ainda não foi posto em prática.


 


Tanto a Coca-Cola quanto a Pepsi negaram que os produtos possam causar mal e questionaram as provas nas quais a proibição foi baseada. Os dois fabricantes disseram que seus refrigerantes atendem ao padrão de segurança exigido internacionalmente. Segundo as empresas, os ingredientes usados na fabricação obedecem aos ''padrões mais altos de pureza''.


 


O estudo
O Centro para Ciências e Meio Ambiente concluiu que amostras de produtos da Coca-Cola e da Pepsi contêm níveis mais elevados de pesticidas atualmente do que em 2003. As investigações teriam revelado que resíduos dos refrigerantes são prejudiciais à saúde.


 


A diretora da ONG, Sunita Narain, disse que amostras de 12 Estados mostraram que os produtos da Pepsi continham 30 vezes – e as de Coca-Cola, 25 vezes – mais pesticidas do que o verificado há três anos. Narain afirmou que, apesar de protestos dos consumidores após o primeiro relatório, o governo não estabeleceu os padrões necessários de controle de qualidade para a indústria de refrigerantes.


 


A Índia não tem padrões para esse tipo de produto. O Birô de Padrões Indianos, órgão mais alto do governo para a certificação da qualidade de produtos, só estabeleceu números para pesticidas para água engarrafada. O estudo do Centro para Ciências e Meio Ambiente usou esse padrão em seus testes.