PA: manifestação lembra dez anos do assassinato de sindicalista

Sindicalistas, amigos e familiares realizaram ontem, nas principais ruas do município de Mãe do Rio, uma manifestação lembrando o aniversário de dez anos do assassinato da sindicalista Neire Reijane dos Santos Guimarães, executada com cinco tiros, na f

Recentemente o processo foi remetido à Polícia, a pedido do Ministério Público, para novas diligências. Juíza da comarca de Mãe do Rio, Cecília Carneiro disse que a justiça tem se empenhado para elucidar o assassinato da sindicalista. 'O nosso presidente tem acompanhado o caso', informou a juíza fazendo referências ao presidente do TJE do Pará, desembargador Milton Nobre.


 


Quando foi assassinada, Reijane Guimarães era Coordenadora da Comissão Municipal de Mulheres de Mãe do Rio e participava ativamente como membro do Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense. Filiada ao Partido dos Trabalhadores, Reijane tinha 34 anos e era casada com o ex-deputado estadual Raimundo Nonato Guimarães. Entre as hipóteses e suposições que podem dar rumo a prováveis motivos para o assassinato de Reijane Guimarães destacam-se a atuação política de Nonato Guimarães, que vinha recebendo ameaças de morte dias antes do assassinato da sindicalista.


 


Entidades sindicais elaboraram um dossiê com mais de 500 páginas onde as entidades e movimentos sindicais narram todos os detalhes do caso. Conforme o Dossiê, no dia 6 de setembro de 1996, um homem magro, baixo, cabelos brancos e desdentado, identificado mais tarde como Domingos Barbosa de Sousa, de 60 anos, foi até a residência da sindicalista, que ficava localizada a 10 metros da delegacia de polícia de Mãe do Rio. Recebido por Joana Pires da Silva, que naquele momento cuidava dos filhos do casal, ele foi informado que Reijane estava ausente e que logo retornaria. Quando a sindicalista chegou, vítima e assassino conversaram entre 10 e 15 minutos.


 


Depois do breve diálogo, Reijane pediu à cunhada que levasse as crianças para fora da casa. Pouco tempo depois o assassino levantou e descarregou a arma em direção a sindicalista. Um dos tiros atingiu o lado direito do peito de Reijane Guimarães, perfurando-lhe o coração e o pulmão.


 


A cunhada de Reijane, Joana da Silva, saiu correndo com as crianças, em direção à delegacia, sendo perseguida pelo pistoleiro. Ela suplicava pela sua vida e das crianças. No mesmo momento a polícia saiu em perseguição a Domingos Souza, conseguindo alcançá-lo a cerca de 50 metros da delegacia.


 


Fonte: o Liberal