Obrador se recusa a reconhecer Calderón como novo presidente

O líder da coligação progressista mexicana Andrés Manuel López Obrador rejeitou nesta terça-feira (5/9) a decisão do Tribunal Eleitoral de consagrar o conservador Felipe Calderón como presidente eleito do México, afirmando que não o reconhece como futu

''Expresso minha decisão de rejeitar a decisão do tribunal eleitoral e ignorar quem pretende ostentar o título de chefe do Poder Executivo Federal'', disse Obrador em um ato de protesto no centro da capital mexicana.



Calderón, do Partido Ação Nacional (PAN), foi declarado oficialmente nesta terça-feira presidente eleito do México, para o período 2006-2012, pelo Tribunal Eleitoral, que rejeitou os recursos apresentados por López Obrador.



A contagem definitiva da eleição deu vantagem de 234 mil votos a Calderón sobre López Obrador, com o que a margem de diferença entre os dois passou do 0,58 ponto percentual da contagem inicial do Instituto Federal Eleitoral (IFE) para 0,56 ponto percentual.



4 a 3
Quatro dos sete juízes do Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF) do México aprovaram a decisão final que diz que as eleições presidenciais de 2 de julho foram válidas, finalizando dois meses de incerteza após a eleição presidencial no país.



O artigo 99 da Constituição mexicana estabelece que as decisões do TEPJF são ''definitivas e inatacáveis'', o que faz com que a decisão seja inapelável.



O Tribunal Eleitoral avalia e argumenta também se houve igualdade na disputa e se foram cumpridos os princípios de certeza, legalidade, independência, imparcialidade e objetividade, e se o voto foi livre.



O atual presidente do México, Vicente Fox, parabenizou Calderón – ambos são do PAN – pela vitória. Em uma breve mensagem, Fox convidou todos os setores políticos a participar de um diálogo.



O presidente do México desejou a seu sucessor ''o melhor para sua gestão frente ao grande esforço coletivo de todos os mexicanos''.